Comportamento
Apps de paquera apostam em experiências reais para reconquistar a geração Z

A geração que cresceu conectada parece estar cada vez mais cansada de viver os relacionamentos apenas pelas telas. O que antes era empolgante — deslizar para a direita, dar match e trocar mensagens — tem se tornado um ciclo repetitivo e frustrante para muitos jovens, especialmente os da geração Z.
Sentindo a mudança de comportamento, os aplicativos de paquera começaram a reformular suas estratégias para oferecer algo mais próximo da vida real: experiências autênticas, encontros presenciais e até o bom e velho “date de casal”.
Cansados de swipes, jovens querem experiências com significado
Os dados não deixam dúvidas. Em três anos, a presença de jovens entre 18 e 24 anos no Tinder cresceu de 17% para 21%, impulsionada por novas abordagens da plataforma. Uma das mais recentes é o recurso de date duplo, que permite marcar encontros acompanhados de amigos — o que reduz a ansiedade do primeiro encontro e torna a situação mais leve e espontânea. A proposta é simples, mas poderosa: sair do modo automático das mensagens e mergulhar numa experiência mais humana, divertida e, principalmente, segura.
Essa estratégia tem como pano de fundo uma mudança cultural mais ampla. A geração Z vem desafiando os padrões dos relacionamentos digitais, priorizando autenticidade e vulnerabilidade em vez da performance idealizada que muitas vezes domina os perfis online. Como afirma Spencer Rascoff, CEO do Match Group, empresa que comanda o Tinder, os jovens de hoje “não querem mais relações que pareçam um jogo. Eles buscam conexões com menos pressão e mais verdade”.
Tecnologia emocional: o futuro do amor passa pela IA — mas com empatia
Enquanto algumas funcionalidades estimulam o encontro cara a cara, outras investem na personalização profunda da experiência digital. O Grindr, conhecido por ser um dos principais apps para o público LGBTQIAPN+, anunciou que pretende lançar até 2027 uma ferramenta de inteligência artificial para matchmaking, com o objetivo de facilitar conexões mais compatíveis e reduzir o desgaste emocional de quem passa horas em busca de afinidades.
Essas inovações refletem o desejo por relações que nascem no digital, mas não se limitam a ele. É uma tentativa de construir pontes reais em um universo marcado por excesso de estímulos e pouca profundidade. Combinando tecnologia e afeto, as plataformas se adaptam para oferecer aquilo que muitos jovens desejam: um encontro que vá além das aparências e das mensagens prontas.
Desafios seguem no radar: segurança e queda de usuários preocupam
Apesar das mudanças positivas, os aplicativos de paquera ainda enfrentam obstáculos importantes. A queda geral no número de usuários e as crescentes preocupações com a segurança nas interações, especialmente entre as mulheres, continuam sendo pontos críticos para o setor. A sensação de vulnerabilidade em encontros presenciais e o histórico de experiências negativas fazem com que muitos jovens abandonem os apps antes mesmo de dar uma chance para o primeiro encontro.
Por isso, iniciativas como o date duplo e os encontros em locais públicos ou eventos promovidos pelos próprios aplicativos não são apenas tendências — são respostas a uma demanda urgente por ambientes mais seguros, acolhedores e reais.

Social Midia e crítica de cultura pop, Renata domina o mundo das fofocas e novelas como ninguém. Com uma trajetória em grandes portais de entretenimento, ela traz uma visão divertida e crítica sobre os bastidores do universo das celebridades e das tramas de novelas. Renata é conhecida pelo seu tom bem-humorado e envolvente, que leva os leitores a se sentirem parte dos acontecimentos, discutindo os detalhes de suas novelas favoritas e compartilhando curiosidades imperdíveis das estrelas.




