Fofoca
Gilberto Gil canta para Preta: emoção marca o 1º show após despedida da filha

Aos 83 anos, Gilberto Gil voltou aos palcos no último domingo (17), carregando no peito a ausência de um dos amores mais marcantes de sua vida: sua filha, Preta Gil, que faleceu em julho, aos 50 anos, durante o tratamento contra um câncer colorretal. A apresentação, realizada no Auditório Ibirapuera, em São Paulo, foi muito além de um show. Ela se transformou em uma cerimônia de afeto, luto e memória — e tocou profundamente todos que estavam ali.
No fim da noite, Gil escolheu uma música especial para homenagear Preta. Foi com “Drão”, uma canção escrita originalmente para sua ex-esposa Sandra Gadelha, mãe de Preta, que o artista deu forma à saudade. A escolha, no entanto, ganhou novos significados com o tempo. Hoje, a letra se tornou uma forma de lembrança viva e de conexão emocional entre pai e filha.
A força do amor na música de Gil
Na frente de um auditório lotado, Gil explicou ao público o motivo por trás da escolha. Com a voz embargada e o olhar introspectivo, ele revelou que, em suas últimas apresentações, cantar “Drão” passou a ser, silenciosamente, uma forma de homenagear sua menina Preta.
“Todas às vezes que tenho cantado essa música ultimamente, tenho cantado para ela”, desabafou. Em seguida, completou: “Nesses últimos anos, então, sempre para ela. Uma das meninas lá de casa, nossa menina Preta. Foi feita para a mãe dela.” A plateia reagiu com um aplauso comovido, como se também fizesse parte daquele ritual de despedida e amor.
Lembranças que viraram eternidade
Em abril, ainda em tratamento, Preta Gil subiu ao palco ao lado do pai durante a turnê “Tempo Rei”, em São Paulo. Juntos, emocionaram o público ao dividir os vocais de “Drão”. A cena se eternizou nas redes sociais e ganhou força renovada agora, com a apresentação solo de Gil, que seguiu exatamente os mesmos passos — só que dessa vez, com um silêncio profundo no palco ao final da canção.
A escolha da música é carregada de camadas. Lançada em 1982, “Drão” foi escrita dois anos após o fim do casamento entre Gil e Sandra. Mas, desde então, ultrapassou os limites de uma história amorosa e se transformou num hino sobre a continuidade dos laços mesmo diante da separação — seja ela qual for.
Quando a arte se torna luto e cura
O palco do Auditório Ibirapuera serviu de espaço para um dos momentos mais íntimos da trajetória pública de Gil. A música, como tantas vezes em sua carreira, foi o caminho que ele encontrou para ressignificar a dor e se reconectar com a esperança. Mais do que um show, aquela noite foi uma carta aberta ao amor eterno entre pai e filha, escrita com notas musicais e entoada por um coração dilacerado, mas grato.
Ali, diante de fãs, amigos e desconhecidos, Gil cantou como se abraçasse Preta uma última vez. E, no eco da última nota de “Drão”, a emoção transbordou não apenas do palco — mas de toda uma plateia que compreendeu o verdadeiro poder da música: o de curar, lembrar e amar, mesmo na ausência.

Social Midia e crítica de cultura pop, Renata domina o mundo das fofocas e novelas como ninguém. Com uma trajetória em grandes portais de entretenimento, ela traz uma visão divertida e crítica sobre os bastidores do universo das celebridades e das tramas de novelas. Renata é conhecida pelo seu tom bem-humorado e envolvente, que leva os leitores a se sentirem parte dos acontecimentos, discutindo os detalhes de suas novelas favoritas e compartilhando curiosidades imperdíveis das estrelas.




