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Filme “Nó” emociona Gramado e conquista três Kikitos com força feminina e paranaense

Em uma noite marcada por aplausos e comoção, o Festival de Cinema de Gramado encerrou sua 53ª edição revelando um dos grandes destaques da temporada cinematográfica brasileira. O longa “Nó”, dirigido por Laís Melo e com fotografia assinada por Renata Corrêa, não apenas emocionou o público como também levou para casa três Kikitos, incluindo o cobiçado Prêmio da Crítica. A produção ainda foi indicada à categoria de Melhor Longa-Metragem Brasileiro, consolidando sua força narrativa e estética.
A obra, que estreou no último dia 16 no Palácio dos Festivais, tem previsão de lançamento nos cinemas de todo o Brasil. O reconhecimento em Gramado reforça a potência do cinema paranaense, especialmente quando conduzido por olhares femininos atentos às complexidades do cotidiano.
Drama íntimo com raízes profundas
“Nó” nasce de vivências compartilhadas, das experiências pessoais da roteirista e atriz Patrícia Saravy e da diretora Laís Melo. O enredo acompanha Glória, uma mulher que tenta se reerguer após um divórcio difícil. Ao lado das três filhas, ela muda-se para o centro de Curitiba e enfrenta os desafios de reconstruir um lar enquanto disputa uma vaga de supervisora na fábrica onde trabalha.

Com atuação intensa de Sali Cimi, Fernanda Silva e da própria Saravy, o longa se debruça sobre temas como maternidade, trabalho, feminilidade e sobrevivência urbana — tudo com uma linguagem delicada e contundente. Segundo Laís, a força do filme está nas colaborações e no desejo de provocar reflexões: “Queremos que ele chegue às pessoas com a potência que nasceu entre nós. O cinema é isso: um encontro sensível com o outro”.
Um reconhecimento além da tela
A conquista de Melhor Direção, Melhor Fotografia e Prêmio da Crítica coloca “Nó” em evidência nacional, com o suporte importante de políticas públicas. O longa foi viabilizado com recursos do Fundo Setorial do Audiovisual, por meio de edital do Governo do Paraná em parceria com o BRDE e a Secretaria Estadual da Cultura, fortalecendo o cenário criativo regional e valorizando o audiovisual como ferramenta de transformação social e cultural.
Talento curitibano brilha também nos curtas
Outro momento de destaque para o estado veio com o curta-metragem “Quando eu for grande”, dirigido por Mano Cappu. A produção recebeu Menção Honrosa na mostra competitiva de curtas brasileiros e emocionou a plateia com uma narrativa delicada sobre futuro, masculinidade e escolhas.
No filme, o pequeno Gabriel questiona a mãe se também irá parar na prisão como o pai e o irmão. A pergunta desarma Vera, que tenta manter-se firme diante do impacto social que atravessa sua família. A história se desenrola em meio a cenários reais da Cidade Industrial de Curitiba e traz uma fotografia urbana e crua.
Cinema paranaense em ascensão
Para a Secretaria de Cultura do Estado, o momento é de comemoração. “É uma alegria ver o cinema paranaense ganhando visibilidade nacional, com profissionais altamente capacitados e narrativas que nos tocam profundamente”, declarou a secretária Luciana Casagrande Pereira.
A edição de 2025 do Festival de Gramado, realizada entre os dias 13 e 23 de agosto, contou com mais de 74 filmes em competição e recebeu mais de 40 mil pessoas. O evento reafirma sua relevância no calendário cultural brasileiro e dá visibilidade a obras que não apenas encantam, mas também provocam, acolhem e fazem pensar — como é o caso de “Nó”.

Social Midia e crítica de cultura pop, Renata domina o mundo das fofocas e novelas como ninguém. Com uma trajetória em grandes portais de entretenimento, ela traz uma visão divertida e crítica sobre os bastidores do universo das celebridades e das tramas de novelas. Renata é conhecida pelo seu tom bem-humorado e envolvente, que leva os leitores a se sentirem parte dos acontecimentos, discutindo os detalhes de suas novelas favoritas e compartilhando curiosidades imperdíveis das estrelas.




