Midia
Polvinhos de crochê feitos por detentos viram gesto de carinho para crianças do Samu

A cena parece pequena, mas carrega um enorme gesto de humanidade. Imagine uma criança em situação de emergência médica, entrando assustada em uma ambulância ou aeronave do Samu, sem entender o que está acontecendo ao seu redor. Agora, imagine que, em meio ao barulho e à tensão, ela encontra em suas mãos um polvinho de crochê, macio, colorido e cheio de tentáculos para apertar.
Um amuleto improvável, mas poderoso. Foi justamente pensando nesse tipo de acolhimento emocional que nasceu o projeto Aeropolvo, uma iniciativa delicada que conecta dois mundos que raramente se encontram: o sistema prisional e o atendimento pediátrico de emergência.
Um crochê que tece mais do que fios
Desde 2024, pessoas privadas de liberdade da Penitenciária Industrial Marcelo Pinheiro (PIMP/UP), em Cascavel (PR), participam da confecção dos famosos “polvinhos” – bonecos feitos à mão em crochê no formato de polvo, conhecidos na técnica japonesa como amigurumis. O que começou como uma pequena ação em aeronaves de resgate, cresceu: hoje, os polvinhos também são entregues a crianças atendidas pelas ambulâncias do Samu em toda a região.

A produção acontece dentro das unidades prisionais que integram a 8ª Regional da Polícia Penal do Paraná. Com suporte da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) e do Conselho da Comunidade de Cascavel, os internos recebem capacitação para trabalhar com crochê e têm acesso a todos os materiais necessários para transformar linhas e agulhas em objetos de conforto.
Um elo de carinho entre quem ajuda e quem precisa
Durante o atendimento médico de urgência, especialmente com crianças pequenas ou bebês, o medo e o desconforto são inevitáveis. Mas o polvinho entra em cena como um elemento inesperado de segurança emocional. O toque macio, o colorido vibrante e a forma divertida do boneco criam um elo imediato de afeto — uma espécie de ponto de apoio emocional para os pequenos.

Além de servir como objeto de distração, o polvinho também ajuda na estabilização clínica, acalmando a criança e facilitando a abordagem da equipe médica. Mais do que um brinquedo, ele funciona como um gesto simbólico de acolhimento em momentos extremamente delicados.
Recomeços que nascem com cada ponto
A beleza do projeto, no entanto, não está apenas em quem recebe o polvinho, mas também em quem o faz. Para os detentos envolvidos, o ato de confeccionar esses pequenos bonecos representa muito mais do que uma atividade manual. É uma forma de reintegração social, um gesto de contribuição real para a comunidade e um caminho possível para recomeçar a vida após o cumprimento da pena.
Através do projeto, os participantes adquirem uma habilidade artesanal que pode se transformar em fonte de renda no futuro. Além disso, já foram oferecidos cursos de primeiros socorros dentro da penitenciária, ministrados por profissionais do Samu, ampliando o conhecimento dos internos e criando uma conexão ainda mais significativa com a função social que desempenham.

Social Midia e crítica de cultura pop, Renata domina o mundo das fofocas e novelas como ninguém. Com uma trajetória em grandes portais de entretenimento, ela traz uma visão divertida e crítica sobre os bastidores do universo das celebridades e das tramas de novelas. Renata é conhecida pelo seu tom bem-humorado e envolvente, que leva os leitores a se sentirem parte dos acontecimentos, discutindo os detalhes de suas novelas favoritas e compartilhando curiosidades imperdíveis das estrelas.



