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Natura vende operações da Avon em seis países da América Central

No cenário atual da indústria de beleza, onde agilidade estratégica e eficiência operacional são palavras de ordem, a Natura acaba de dar mais um passo decisivo na sua jornada de transformação. A empresa brasileira oficializou a venda das operações da Avon em seis países da América Central — Guatemala, Nicarágua, Panamá, Honduras, El Salvador e República Dominicana — para o Grupo PDC, companhia que atua no setor de bens de consumo com presença na região e também no Peru.
O valor da transação pode até soar simbólico — apenas 1 dólar, somado a um crédito de US$ 22 milhões que será recebido futuramente —, mas os efeitos desse movimento são bem mais significativos. Trata-se de um desdobramento do plano de reestruturação do grupo Natura &Co, que busca reduzir custos operacionais, enxugar sua estrutura internacional e retomar a rentabilidade em mercados-chave.
Licenciamento da marca e fornecimento garantem continuidade
Apesar da venda, a Natura não abandona completamente esses mercados. Em vez disso, ela muda de estratégia: a presença da Avon nesses países será mantida por meio de licenciamento da marca e do fornecimento de produtos acabados, mantendo o elo com as consultoras e consumidoras locais.

Essa decisão permite à empresa continuar colhendo frutos da reputação da Avon na região, sem os altos custos e complexidades operacionais. A estratégia também confirma a tendência da companhia de se concentrar em mercados mais rentáveis, como já havia sido sinalizado ao mercado desde o ano anterior.
Decisão amparada pelos resultados financeiros
As dificuldades financeiras da Avon Internacional ajudam a contextualizar o desinvestimento. Somente no primeiro semestre de 2025, as operações descontinuadas da marca consumiram cerca de R$ 1,7 bilhão, o que impactou negativamente a posição consolidada de caixa da Natura, que encolheu R$ 750 milhões no mesmo período.
Ainda assim, o segundo trimestre trouxe uma notícia positiva: a empresa registrou lucro líquido de R$ 195 milhões, revertendo o prejuízo do mesmo período do ano anterior. No entanto, a receita líquida caiu 1,7%, atingindo R$ 5,7 bilhões, o que evidencia que o processo de recuperação ainda exige decisões firmes.
Foco estratégico no México reforça otimismo
Enquanto se desfaz de algumas operações, a Natura reforça a aposta no mercado mexicano, onde a Avon segue como uma das marcas mais consolidadas no segmento de venda direta. A força da marca no México é considerada estratégica para ampliar a penetração da Natura na América Latina, região que permanece como prioridade no planejamento da empresa.
Durante uma apresentação para investidores em junho de 2025, o CEO João Paulo Ferreira destacou que a atuação sólida da Avon no México fortalece a base de consultoras e cria um ecossistema mais robusto para expansão regional. Nesse sentido, o grupo aposta em modelos mais enxutos, com presença relevante, mas sem o peso da operação direta em todos os países.

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