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Comportamento

Enquanto a inflação recua, setor de moda surpreende com alta de 0,72% em agosto

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compras shopping - Enquanto a inflação recua, setor de moda surpreende com alta de 0,72% em agosto

Com a chegada das novas coleções às vitrines e o apelo renovado da temporada de primavera, o setor de moda e vestuário se destacou em agosto ao registrar uma alta de 0,72%, contrariando o desempenho da inflação geral do país, que apresentou queda de 0,11% no mesmo período, segundo dados do IPCA.

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Em um cenário em que muitos produtos ficaram mais baratos, a moda seguiu na contramão. O comportamento dos preços revela não apenas a influência das estações no consumo, mas também o apetite constante dos brasileiros por renovar o guarda-roupa, ainda que o momento econômico peça cautela. Agosto marcou o primeiro mês de deflação desde o mesmo período de 2024, o que torna o avanço dos artigos de moda ainda mais expressivo.

Primavera nas vitrines e alta nas araras

A transição de estação trouxe consigo o lançamento de novas linhas e a atualização de estoques nas lojas. Entre os itens com maior reajuste, as roupas masculinas lideraram, com aumento médio de 0,93%. Em seguida, brilhou o segmento de joias e bijuterias, com variação positiva de 0,95%, refletindo, sobretudo, o impacto da valorização do ouro nos preços do varejo.

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As roupas infantis também apresentaram um avanço significativo, com 0,84% de alta. Já as roupas femininas, tradicionalmente associadas a variações sazonais mais sutis, registraram uma elevação de 0,54%, enquanto calçados e acessórios seguiram a mesma tendência, subindo 0,69%. Por outro lado, tecidos e artigos de armarinho foram a única categoria a recuar no mês, com leve queda de 0,11%.

Moda cresce, mas ainda abaixo da inflação geral

No acumulado de janeiro a agosto, os preços dos produtos ligados à moda subiram 2,84%, ainda abaixo do avanço geral da inflação, que ficou em 3,15% no mesmo período. Esse resultado mostra que, embora o setor tenha apresentado elevações pontuais, o ritmo de crescimento anual segue moderado — com oscilações puxadas por períodos de troca de coleção ou mudanças de comportamento do consumidor.

Dentre as categorias, novamente as roupas masculinas se destacaram, com aumento acumulado de 3,26%. Em seguida, vieram as roupas femininas, que avançaram 1,94%, e as infantis, com 1,14%. No geral, o grupo de roupas registrou uma inflação de 2,28% nos primeiros oito meses de 2025, o que evidencia uma recuperação gradual, sem excessos.

Joias sobem mais de 20% e puxam média anual

O setor de joias e acessórios de luxo chamou atenção ao apresentar um aumento expressivo no comparativo dos últimos 12 meses encerrados em agosto. Com alta de 20,04%, esse segmento foi diretamente impactado pela valorização do ouro, que pressionou os preços e contribuiu para elevar o índice do grupo como um todo.

Ainda assim, a inflação anualizada do setor de vestuário ficou em 4,47%, abaixo do índice geral de 5,13%. Isso demonstra que, apesar dos picos em categorias específicas, como as joias, o mercado de moda tem se mantido relativamente estável em um contexto de desaceleração da economia e menor pressão inflacionária.