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Implanon chega ao SUS: conheça o implante anticoncepcional de longa duração que promete mais liberdade às mulheres

Enquanto o Sistema Único de Saúde celebrava seus 35 anos de existência, um anúncio promissor chamou a atenção de especialistas e usuárias do sistema público de saúde: o Ministério da Saúde recebeu as primeiras 100 mil unidades do Implanon, um implante subdérmico contraceptivo que representa um importante avanço na ampliação do acesso a métodos de longa duração no Brasil.
Junto com o lote inicial, também foram entregues 100 kits de treinamento para qualificação dos profissionais de saúde que farão a aplicação do dispositivo nas unidades da Atenção Primária. A chegada dos insumos ocorreu no aeroporto de Guarulhos e marcou o início de uma nova fase para o planejamento reprodutivo no país.
Como funciona o Implanon
Discreto, eficiente e de baixa manutenção, o Implanon é um pequeno bastão flexível inserido sob a pele do braço, que libera gradualmente etonogestrel, um hormônio que impede a ovulação. O método tem eficácia superior a 99% e protege contra a gravidez por até três anos, sem a necessidade de lembretes, interrupções ou retornos frequentes à unidade de saúde.

Diferente de métodos que exigem uso contínuo, como pílulas e injeções mensais, o implante contraceptivo é classificado como LARC (sigla em inglês para contraceptivos reversíveis de longa duração), ao lado do já conhecido DIU de cobre. Ambos são reversíveis, seguros e indicados para mulheres que desejam mais autonomia na gestão da fertilidade, sem abrir mão da eficácia.
Distribuição começa por regiões com mais vulnerabilidade
A partir de outubro, a distribuição do Implanon pelo SUS será iniciada em todo o país. Contudo, haverá prioridade para os estados e municípios que apresentam maiores índices de gravidez na adolescência e vulnerabilidade social. A proposta do Ministério da Saúde é garantir que o acesso ao método seja ampliado entre as mulheres que mais precisam de apoio na escolha de seu futuro reprodutivo.
A previsão é que, até o fim de 2025, 500 mil unidades já estejam em uso, com expectativa de chegar a 1,8 milhão de implantes distribuídos até 2026. O investimento federal totaliza cerca de R$ 224 milhões, englobando não apenas a aquisição do insumo, mas também a formação de profissionais e gestores em todo o território nacional.
Capacitação acompanha a entrega
A inclusão de um novo método contraceptivo exige mais do que insumos: demanda estrutura, informação e preparo técnico. Por isso, o Ministério da Saúde realizará Oficinas de Qualificação para a Implementação do Implante Subdérmico, entre outubro e dezembro de 2025. Essas formações acontecerão em todos os estados e no Distrito Federal, promovendo um alinhamento entre equipes de saúde e gestão pública.
Os kits de treinamento enviados junto com os implantes contêm aplicadores, braços anatômicos para simulação e placebo do implante — tudo o que é necessário para o treinamento prático das equipes envolvidas na aplicação do método.
A fertilidade pode voltar logo após a retirada
Um dos principais atrativos do Implanon é sua capacidade de oferecer proteção prolongada sem comprometer a fertilidade futura. Após o prazo de três anos, o bastonete pode ser retirado e substituído por outro imediatamente, se for da vontade da usuária. E para quem deseja engravidar, a fertilidade costuma retornar rapidamente após a remoção, sem necessidade de um “período de descanso” do organismo.
Essa flexibilidade o torna uma escolha interessante não apenas para quem deseja evitar gravidez a longo prazo, mas também para mulheres que estão em fases específicas da vida, como pós-parto, adolescência ou reestruturação de planos familiares.
Mais um passo no acesso a direitos reprodutivos
A incorporação do Implanon ao SUS foi recomendada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) em julho de 2025, após avaliação técnica e análise de custo-benefício. Desde então, o Ministério da Saúde tem atuado na atualização dos protocolos, aquisição dos lotes e planejamento da implementação nacional.
Esse movimento fortalece o compromisso do SUS com o acesso universal e gratuito à saúde da mulher, permitindo que escolhas sobre o próprio corpo sejam feitas com mais liberdade, informação e segurança.

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