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Com 470 vagas, Futuras Cientistas incentiva meninas a dominarem o mundo da ciência

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Enquanto o mundo ainda tenta equilibrar as estatísticas da presença feminina nas áreas de ciência e tecnologia, o Brasil avança com um dos programas mais transformadores do setor educacional: o Futuras Cientistas. A iniciativa, que está com inscrições abertas até 6 de outubro, oferece 470 vagas gratuitas para jovens estudantes e professoras da rede pública, com foco na promoção da equidade de gênero e na inclusão social dentro do universo STEM — sigla em inglês para ciência, tecnologia, engenharia e matemática.

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Criado em 2012, o programa se tornou nacional em 2022 e, desde então, já despertou centenas de vocações científicas. Só neste ano, 70% das participantes foram aprovadas no vestibular, sendo que a maioria optou por cursos nas áreas científicas. Esse dado reforça o poder da representatividade quando mulheres ocupam os espaços que historicamente lhes foram negados. E é justamente isso que a idealizadora do projeto, a pesquisadora Giovanna Machado, tem promovido desde o início: abrir caminhos e dar voz a meninas que sonham grande.

Mais do que um curso: um ciclo de transformação

O Futuras Cientistas é mais do que uma vivência educacional. A jornada das participantes se desenvolve ao longo de quatro módulos pensados para impactar não só a trajetória escolar, mas também o percurso profissional dessas jovens. A primeira etapa começa com uma imersão científica durante o mês de janeiro, onde cada selecionada é inserida em um projeto de pesquisa real, conduzido por laboratórios e instituições de ponta. É a chance de viver o dia a dia de quem já atua na ciência — e se ver ali.

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Na sequência, vem o módulo de estudos para o Enem, com aulas ao vivo e gravadas entre setembro e outubro, conduzidas por professores experientes. A ideia é dar às participantes não apenas o conteúdo, mas também a segurança para encarar o exame e sonhar alto com o ingresso nas universidades públicas.

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Quando a aluna é aprovada no ensino superior, o programa continua ao seu lado. A terceira fase é voltada à mentoria acadêmica, especialmente pensada para enfrentar os desafios das mulheres em cursos tradicionalmente masculinos, como engenharia e ciências exatas. Por fim, o quarto módulo foca em iniciação científica e estágios, etapa essencial para manter essas futuras cientistas conectadas com o mercado e os centros de pesquisa.

Quem pode participar e como se inscrever

As vagas são destinadas a alunas do 2º ano do ensino médio — tanto de escolas regulares quanto de tempo integral — e também a professoras da rede estadual de ensino. O programa abre 160 vagas para cada perfil de estudante e 150 para docentes, totalizando 470 oportunidades em todo o Brasil.

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As inscrições são gratuitas e devem ser feitas pela Plataforma Futuras Cientistas. Além disso, o edital do programa reforça o compromisso com a diversidade: 20% das vagas são reservadas para mulheres pretas, pardas, indígenas ou quilombolas; 5% para pessoas com deficiência; e 5% para mulheres trans ou travestis.

Cada participante selecionada recebe um auxílio de R$ 300, oferecido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), como apoio para a participação nas atividades.

O resultado final será divulgado no dia 7 de novembro, e marca o início de mais uma geração de meninas que terão a chance de transformar a ciência — e também a si mesmas.