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SUS vai padronizar informações para exame de mamografia
O acesso ao exame de mamografia pelo SUS acaba de ganhar um marco importante: o Ministério da Saúde publicou uma nota técnica que padroniza as informações sobre quem tem direito e como solicitar o exame, com o objetivo claro de reduzir a mortalidade por câncer de mama e promover maior equidade no atendimento.
Até então, o protocolo oficial indicava a realização do rastreamento mamográfico para mulheres entre 50 e 69 anos, a cada dois anos. A nova orientação amplia esse horizonte: agora o rastreamento populacional sistemático passa a considerar mulheres de 50 a 74 anos, também com periodicidade bienal. Essa alteração está fundamentada em estudos que demonstram benefício estendido nessa faixa etária, promovendo maior detecção em estágios menos avançados.
Importante: essa padronização não impede que mulheres de 40 a 49 anos ou mais de 74 anos, sem sintomas, realizem mamografia. O que muda é a forma de orientação: para essas faixas, o exame continua possível, desde que o profissional de saúde informe claramente a paciente sobre benefícios e riscos antes da solicitação.
Alinhar com diretrizes internacionais
A medida anunciada está em consonância com recomendações internacionalmente aceitas, como as do Código Latino‑Americano e Caribenho contra o Câncer, apoiado pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) e pela Organização Pan‑Americana da Saúde. Essa norma incentiva entre suas ações prioritárias a realização do rastreamento bienal a partir dos 50 anos.
Com essa padronização, o SUS busca reduzir discrepâncias regionais no acesso ao exame e evitar que mulheres recebam orientações divergentes dependendo de onde moram ou qual unidade de saúde procuram.
O direito e a demanda espontânea
A nota técnica reforça que o SUS não deverá impor restrições sobre mulheres nas faixas de 40 a 49 anos ou acima de 74 anos que desejem realizar a mamografia por demanda espontânea, desde que orientadas. Isso significa que uma mulher nessa faixa etária que procure um serviço público de saúde pode ter direito ao exame, mesmo que não faça parte do rastreamento de rotina.
Essa abordagem tenta equilibrar o princípio da universalidade do SUS com o cuidado para que as pacientes estejam bem informadas, evitando exames desnecessários ou mal interpretados.
Por que essa padronização importa
A padronização das diretrizes de acesso serve a vários propósitos importantes:
- cria clareza e estabilidade nos protocolos adotados por gestores municipais e estaduais;
- reduz inequidades regionais no acesso ao exame de mamografia;
- reforça o caráter preventivo do SUS, atuando antes de o câncer evoluir para estágios mais graves;
- gera um ponto de referência único para orientação profissional e comunicação pública.
Em suma, essa nota técnica representa um passo decisivo para que a prevenção do câncer de mama deixe de depender do acaso e se torne uma política pública coerente, unificada e acessível a todas as mulheres.
Maira Morais, é Mãe, Makeup e influenciadora digital que se destaca no universo da beleza por sua criatividade e técnica refinada. No mercado a anos, decidiu compartilhar dicas de maquiagens, beleza, maternidade e demais inspirações para o universo das mulheres.
