Fofoca
“Machista top, horrível”: Toni Garrido revela por que reescreveu sucesso do Cidade Negra

Toni Garrido surpreendeu o público ao apresentar, no palco do Altas Horas, uma versão repaginada de Girassol, hit do Cidade Negra lançado no início dos anos 2000. A novidade, no entanto, não estava no arranjo musical, mas sim em um trecho da letra — agora ajustado para refletir uma visão mais inclusiva e crítica sobre o papel da mulher nas relações amorosas.
O verso original dizia: “Já que, pra ser homem, tem que ter a grandeza de um menino, de um menino.” A nova versão ganhou uma adição poderosa: “Já que, pra ser homem, tem que ter a grandeza de uma menina, de uma mulher.” A mudança, embora sutil, carrega uma carga simbólica enorme: ela desloca o foco do olhar masculino idealizado e abre espaço para que o feminino seja reconhecido como referência de grandeza, força e sensibilidade.
Reconhecer, refletir, transformar
Ao explicar sua decisão, Toni foi direto e autocrítico. “Durante anos eu tinha certeza de que estava cantando uma canção certa de amor, e que estava fazendo o bem para as pessoas. Depois de 25 anos, um dia bateu uma ficha aqui, e eu falei: ‘Hétero, machista top, horrível’.” A fala honesta, transmitida em rede nacional, trouxe à tona uma questão delicada: quantas músicas — inclusive aquelas feitas com carinho e boas intenções — reforçam estruturas machistas sem perceber?
🚨VEJA: O cantor Toni Garrido, da banda Cidade Negra, surpreendeu o público ao anunciar mudança na letra de "Girassol" um dos maiores sucessos do grupo. pic.twitter.com/mkrwm2oTxJ
— CHOQUEI (@choquei) October 5, 2025
A declaração do cantor, que sempre se destacou pela postura sensível e engajada, mostrou que o amadurecimento pessoal pode (e deve) passar pela revisão do que se canta, compartilha e representa publicamente. O gesto ganhou ainda mais significado ao ser feito por alguém com uma trajetória tão consolidada e respeitada na música brasileira.
Reações divididas nas redes sociais
Como já era de se esperar, a mudança causou burburinho nas redes sociais. Enquanto parte dos fãs aplaudiu a atitude e considerou a atualização necessária, outros preferiam que a letra original fosse preservada. Comentários como “Adorei a nova versão” contrastaram com reações como “Lacrou errado”, revelando o quanto o assunto ainda mexe com emoções e opiniões divergentes.
A polarização não apagou a importância da iniciativa. Muito além de agradar ou desagradar, a nova versão de Girassol abre espaço para conversas que ultrapassam a música e tocam em temas profundos, como o papel da arte na desconstrução de padrões e o lugar das mulheres nas narrativas culturais que consumimos desde sempre.
Apesar de entender a mudança e achar q ficou muito melhor do novo jeito, smp entendi q o "menino" da letra original, significava ter a grandeza de uma "criança".
— Teka Lula da Silva Alves (@tekaalves1958) October 5, 2025
Pq crianças são muito especiais. O problema é o "como" elas crescem. Mas a mulher, sem dúvida nenhuma, é sensacional.
Desnecessário, já que a música é um sucesso antigo! Imagina se todos os cantores fossem mudar suas músicas.
— Ana Rodrigues (@Ranidigital) October 5, 2025

Social Midia e crítica de cultura pop, Renata domina o mundo das fofocas e novelas como ninguém. Com uma trajetória em grandes portais de entretenimento, ela traz uma visão divertida e crítica sobre os bastidores do universo das celebridades e das tramas de novelas. Renata é conhecida pelo seu tom bem-humorado e envolvente, que leva os leitores a se sentirem parte dos acontecimentos, discutindo os detalhes de suas novelas favoritas e compartilhando curiosidades imperdíveis das estrelas.




