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UFF leva a TV brasileira para o futuro com tecnologia 100% nacional

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UFF contribui para a implementacao da TV 3.0 com fornecimento de tecnologia nacional Foto Divulgacao UFF - UFF leva a TV brasileira para o futuro com tecnologia 100% nacional
Resumo

A TV 3.0 chega ao Brasil com promessa de transformar a experiência da televisão aberta, oferecendo imagem 4K, som imersivo, interatividade e integração com celulares e serviços digitais.
A UFF desenvolveu a linguagem NCL 4.0, base da nova tecnologia, permitindo comandos por voz, gestos e até efeitos sensoriais como luz e aroma durante a transmissão.
Com estreia prevista para a Copa de 2026, a nova TV funcionará como um “aplicativo”, adaptando o conteúdo ao perfil de cada telespectador, mesmo sem precisar de internet.
A linguagem criada na UFF é fruto de décadas de pesquisa acadêmica e mostra como a ciência pública brasileira pode impactar diretamente a vida de milhões de pessoas.
A TV 3.0 vai além do entretenimento: vai integrar serviços do governo, melhorar a acessibilidade e oferecer uma nova forma de inclusão digital por meio da TV aberta.

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Imagine assistir a um show ao vivo e, além de ouvir a música em som envolvente, sentir o perfume da cena ou destacar o instrumento que mais ama. Com a TV 3.0, isso está prestes a se tornar realidade — e o melhor: com tecnologia feita no Brasil. Por trás dessa revolução digital, está a força da Universidade Federal Fluminense (UFF), que contribuiu diretamente com o desenvolvimento de uma linguagem inédita que será parte fundamental do novo padrão nacional.

Aprovada por decreto presidencial em agosto, a nova televisão aberta promete unir o melhor do mundo digital com o poder da transmissão gratuita, transformando completamente a forma como brasileiros interagem com o conteúdo audiovisual. Com estreia prevista para a Copa do Mundo de 2026, a TV 3.0 chegará aos poucos aos lares do país, com transição gradual ao longo de 15 anos.

A TV aberta se reinventa com interatividade e personalização

A grande virada da TV 3.0 está na fusão entre qualidade de imagem em 4K ou 8K, som baseado em objetos e a possibilidade de interagir com o conteúdo como nunca se viu. Cada canal poderá funcionar como um aplicativo acessado via controle remoto, adaptando-se ao gosto do usuário. Além disso, será possível alternar entre diferentes narradores em uma partida de futebol ou destacar um instrumento musical durante um show, tudo com apenas alguns cliques.

UFF contribui para a implementacao da TV 3.0 com fornecimento de tecnologia nacional Foto Divulgacao UFF - UFF leva a TV brasileira para o futuro com tecnologia 100% nacional

Mesmo sem conexão à internet, a nova tecnologia já melhora drasticamente o som e a imagem. Mas ao estar conectada, a experiência se torna ainda mais rica: a TV poderá interagir com celulares, tablets ou assistentes virtuais. Imagine receber no celular detalhes sobre a novela enquanto ela passa na tela da sala, ou ver informações extras de um reality em tempo real. Isso será possível com o novo padrão.

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Mais que um simples upgrade, a proposta representa uma transformação profunda: uma TV personalizada, mais próxima dos serviços sob demanda, porém gratuita e acessível a todos.

NCL 4.0: a tecnologia da UFF que está no coração da TV 3.0

No centro dessa revolução está a NCL 4.0, uma linguagem interativa desenvolvida no Instituto de Computação da UFF, em Niterói (RJ). A tecnologia é uma evolução da NCL (Nested Context Language), criada para a televisão digital brasileira em 2007. Agora, em sua nova versão, a ferramenta permite multiusuários simultâneos, comandos por voz e gestos, além da ativação de efeitos sensoriais, como luzes e aromas, durante a transmissão.

O projeto nasceu no Laboratório MídiaCom, sob a coordenação da professora Débora Muchaluat Saade, e reúne décadas de pesquisa com envolvimento direto de estudantes da graduação ao doutorado. Graças a essa estrutura, a linguagem criada pela UFF se tornou referência e foi selecionada como parte do sistema oficial da TV 3.0 no Brasil.

E mais: a integração com HTML5 e tecnologias de vídeo 360º faz com que a televisão se aproxime de ambientes imersivos, com potencial para ser usada também em educação, saúde, cultura e serviços públicos.

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Universidade pública transforma pesquisa em impacto real

A história da NCL 4.0 é, na verdade, uma prova da força da ciência nacional. Desenvolvida por alunos e professores da UFF, ela reúne contribuições de anos de teses, dissertações e experimentos aplicados em laboratório. É a universidade pública mostrando que pode inovar em escala nacional, com recursos brasileiros, mão de obra qualificada e impacto direto na vida de milhões de pessoas.

Mais do que criar uma linguagem, a UFF ajudou a desenhar o futuro da televisão brasileira. Com apoio de instituições como o CNPq, CAPES, FAPERJ e Finep, o projeto mostra como a academia pode produzir soluções tecnológicas de alto nível, alinhadas às necessidades sociais.

Uma TV que informa, emociona e conecta

Além da qualidade técnica, o novo modelo da televisão se destaca pelo compromisso com a inclusão e o acesso à cidadania. A TV 3.0 permitirá, por exemplo, acesso direto a plataformas como o gov.br, facilitando a emissão de documentos, a consulta de serviços públicos e a inclusão digital de pessoas com menor familiaridade com tecnologia.

Na prática, será possível usar a televisão como um portal completo: de entretenimento a serviços essenciais. Outro destaque é a acessibilidade — com recursos de legenda adaptativa, tradução em Libras e alertas segmentados por região, a nova TV será também mais democrática e segura.

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O futuro começa na sala de estar

Durante o evento SET EXPO 2025, em São Paulo, o público pôde ver de perto o que vem por aí. Em um estande comandado por pesquisadores da UFF, os visitantes experimentaram a chamada “TV imersiva”, com vídeos em 360º assistidos via óculos de realidade virtual e estímulos como luz e aroma integrados à narrativa audiovisual. A reação? Fascinante. Gente de todas as idades saiu convencida de que a TV 3.0 vai transformar o modo como consumimos conteúdo.

O projeto conta ainda com parcerias como o CEFET-RJ, responsável pelo desenvolvimento da NCL 360, voltada à experiência em vídeo 360° interativo, agregando ainda mais possibilidades à linguagem criada pela UFF.