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Um Natal Ex-Pecial: quando o fim vira recomeço na comédia romântica da Netflix

A Netflix inaugura seu calendário natalino com Um Natal Ex-Pecial, uma comédia romântica que aposta em sentimentos contraditórios, memórias familiares e reencontros que ninguém planeja, mas que parecem inevitáveis quando dezembro chega.
Com direção de Steve Carr e roteiro de Holly Hester, o filme resgata dois rostos icônicos dos anos 1990 — Alicia Silverstone e Melissa Joan Hart — e usa essa nostalgia como fio condutor para uma história sobre fim, recomeço e tudo o que existe entre os dois.
Quando o Natal vira palco para despedidas
A narrativa acompanha Kate, vivida por Alicia Silverstone, uma arquiteta talentosa que deixou seus projetos para construir a vida ao lado do marido Everett numa cidade pequena, daquelas que parecem existir apenas em filmes natalinos. Após anos de desgaste silencioso, eles decidem se divorciar. O detalhe? Passarão o último Natal juntos, um acordo que já nasce desconfortável.
A tensão aumenta quando Everett aparece acompanhado de Tess, interpretada por Jameela Jamil, enquanto Kate tenta manter um sorriso que esconde mais mágoa do que esperança. A noite, os encontros no corredor, a mesa de jantar compartilhada… tudo funciona como lembrança viva do que está terminando.
Hester abre o filme com uma sequência animada que resume o casamento do casal — um recurso leve, mas eficiente, que coloca o espectador dentro desse “antes e depois” emocional que vai conduzindo o longa. É um drama romântico que não tem medo de expor o constrangimento das festas em família quando ninguém está verdadeiramente bem.
A força da nostalgia e o charme do elenco
Parte do apelo do filme está justamente em ver Alicia Silverstone e Melissa Joan Hart dividindo cenas, quase como reencontro de amigas que marcaram gerações. Hart vive a melhor amiga da protagonista, funcionando como bússola emocional e escape cômico em meio ao caos. Sua presença aquece a narrativa e equilibra os momentos mais tensos.
Pierson Fodé, como Ched, é o sopro fresco que entra na vida de Kate. O personagem traz leveza e um humor sutil que contrasta com o sentimentalismo do casal em crise. Já Jameela Jamil e Oliver Hudson reforçam o clássico dilema natalino: o medo de aceitar que ciclos realmente chegam ao fim.
Entre lembranças, feridas e recomeços possíveis
O roteiro não tenta esconder seu foco principal: mostrar como o divórcio reverbera para além do casal. Kate tenta manter a compostura mesmo diante da nova namorada do ex-marido, da rotina dos filhos que mudaram de casa e do silêncio que insiste em lembrá-la do quanto perdeu e do quanto ainda precisa reencontrar dentro de si.
O romance, embora presente, não é a espinha dorsal da história. A força do filme está nos pequenos momentos — aquele olhar atravessado no jantar, o desconforto do presente comprado às pressas, a sensação de ser convidada em uma casa que já foi sua. É nessa honestidade que o longa encontra profundidade.
O final segue o caminho esperado pelas produções natalinas, com reconciliações emocionais e algumas portas entreabertas para novos começos. Mas mesmo dentro desse formato previsível, Um Natal Ex-Pecial se destaca quando mergulha nos silêncios que antecedem as decisões mais difíceis.

Social Midia e crítica de cultura pop, Renata domina o mundo das fofocas e novelas como ninguém. Com uma trajetória em grandes portais de entretenimento, ela traz uma visão divertida e crítica sobre os bastidores do universo das celebridades e das tramas de novelas. Renata é conhecida pelo seu tom bem-humorado e envolvente, que leva os leitores a se sentirem parte dos acontecimentos, discutindo os detalhes de suas novelas favoritas e compartilhando curiosidades imperdíveis das estrelas.




