Connect with us

Fofoca

Repórter da Globo é atacada por torcedores e emociona ao relatar bastidores: “Foi muito triste”

Published

on

reporter flobo agredida torcedores flanmengo duda dalponte.jpg - Repórter da Globo é atacada por torcedores e emociona ao relatar bastidores: “Foi muito triste”

Há transmissões ao vivo que ficam na memória pelo profissionalismo no improviso. Outras, infelizmente, marcam pela violência. Foi o que aconteceu com a repórter da Globo, Duda Dalponte, que viveu momentos de tensão enquanto trabalhava no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, durante a movimentação da torcida do Flamengo rumo à final da Libertadores. Em meio ao clima de festa e expectativa, a jornalista acabou se tornando alvo de uma sequência de agressões que surpreenderam colegas, espectadores e internautas.

Anúncios

Duda fazia uma entrada ao vivo para o Jornal Hoje quando, sem aviso, teve o cabelo puxado por homens que estavam atrás dela. O primeiro puxão veio enquanto ela ainda narrava o movimento do embarque. Mesmo surpresa, ela manteve a postura e continuou a transmissão. No entanto, segundos depois, novos puxões deixaram claro que aquilo não era um acidente — e sim uma tentativa de intimidação capturada pelas câmeras.

reporter flobo agredida torcedores flanmengo duda dalponte.jpg - Repórter da Globo é atacada por torcedores e emociona ao relatar bastidores: “Foi muito triste”
Foto: Reprodução/ Instagram @dudadalponte

Quando o terceiro ataque acontece, o instinto de defesa prevalece. Duda vira o corpo para tentar identificar quem estava por trás da violência, mas a multidão impossibilita qualquer reação mais efetiva. Assim que o estúdio retomou a programação, a imagem da profissional saiu do ar, deixando o público com a sensação de que algo muito sério havia acabado de acontecer.

A repercussão e o debate sobre misoginia na torcida

O vídeo viralizou imediatamente. Em minutos, as redes sociais estavam repletas de comentários indignados, muitos deles ressaltando o componente de misoginia no ataque. Para inúmeras mulheres, a agressão tinha um recado claro: ainda há um longo caminho para que profissionais do jornalismo — especialmente mulheres — possam trabalhar em espaços dominados por torcidas masculinas sem medo.

Anúncios

Entre as reações, uma mensagem sintetizou o sentimento geral: “Ataque gratuito, intencional, e claramente motivado pelo fato de ser mulher.” Também houve quem apontasse falhas estruturais, questionando se a emissora deveria enviar repórteres mulheres para multidões tão intensas sem reforço de segurança.

O desabafo necessário da repórter

Horas após o ocorrido, Duda falou sobre o episódio. Com honestidade e serenidade, ela descreveu a sensação de estar vulnerável enquanto fazia o seu trabalho — algo que, segundo ela, faz com amor e há anos.

“Coberturas com torcida já são cansativas por natureza, mas hoje foi bem mais difícil”, disse. Conforme relatou, o primeiro puxão foi interpretado como possível empurra-empurra comum em multidões. “A gente se acostuma com a energia da galera, às vezes vem um empurrão, alguém tenta aparecer na câmera. Mas aquilo… aquilo era diferente.”

Anúncios

Quando percebeu que os ataques estavam sendo repetidos, tudo ficou mais claro. “Na segunda vez, eu entendi que era proposital. Na terceira, só consegui virar para tentar ver quem era.”

Apesar da tentativa, não foi possível identificar o agressor. Ela ainda conversou com alguns torcedores próximos, que também não souberam apontar o responsável.

Os bastidores de quem está sempre na rua

Durante seu relato, Duda mencionou que já viveu situações desconfortáveis em outras coberturas — como retirarem seu fone, jogarem tinta ou empurrarem deliberadamente. Para ela, infelizmente, isso faz parte da rotina de quem trabalha em ambientes imprevisíveis. Mas desta vez, o sentimento foi outro. “Isso ultrapassou qualquer limite. Foi agressão.”

Seu desabafo trouxe uma camada ainda mais profunda: a reflexão sobre respeito às mulheres, especialmente às que trabalham em ambientes públicos. O que deveria ser uma cobertura festiva virou exemplo de como comportamentos normalizados em torcidas podem escalar para a violência real.

Anúncios

“Muito triste”: o impacto emocional e o recado final

No encerramento de sua fala, Duda destacou a tristeza por ter vivido uma cena tão lamentável. Ainda assim, reforçou que não deixará o medo ditar sua carreira. “Eu gosto muito do que faço. Gosto de estar na rua, de mostrar a festa das pessoas”, afirmou.

Ela também deixou um recado direto aos agressores: “Espero que esses torcedores sem noção — nem sei se posso chamar assim — tenham vergonha do que fizeram e nunca repitam esse tipo de coisa.”