Connect with us

Comportamento

Cuidado com a sua garrafinha de água: hábitos simples que previnem bactérias, segundo infectologista

Published

on

garrafa de agua - Cuidado com a sua garrafinha de água: hábitos simples que previnem bactérias, segundo infectologista
Resumo

• O uso diário da garrafinha pode favorecer a proliferação de micróbios quando a higienização não é feita corretamente, tornando-se um risco à saúde.
• A limpeza adequada exige desmontar todas as peças, lavar com água morna e detergente e secar totalmente antes de guardar, evitando ambientes úmidos que estimulam bactérias.
• Bebidas como café, sucos e isotônicos aceleram a formação de fungos e bactérias, exigindo higienização imediata e mais profunda após cada uso.
• Limpezas semanais com bicarbonato e vinagre, ou soluções desinfetantes, ajudam a eliminar odores e biofilmes, desde que bem enxaguadas.
• Compartilhar a garrafinha ou manter água parada por muito tempo aumenta o risco de contaminação, segundo o infectologista Igor Marinho.

Anúncios

A garrafinha de água se transformou em um acessório quase inseparável na rotina — vai para a academia, para o trabalho, para a bolsa e até para a mesa de cabeceira. Porém, o que muita gente não imagina é que esse símbolo de autocuidado pode esconder um universo de microrganismos quando a limpeza não é feita corretamente. Especialmente para quem vive uma rotina corrida, é comum acreditar que um jato de água rápida resolve o problema… mas a ciência mostra que a história é outra.

Estudos internacionais apontam que uma garrafa reutilizável mal higienizada pode chegar a acumular mais micróbios do que uma pia de cozinha. E o risco aumenta quando o recipiente é usado para armazenar outras bebidas além de água. Assim, entender como esses microrganismos se multiplicam — e como evitá-los — é essencial para manter a saúde em dia e continuar usando a garrafinha como aliada, não como ameaça.

A garrafinha é prática, mas exige atenção

Por ser um objeto de uso constante e contato direto com a boca, a garrafa cria uma combinação propícia ao surgimento de colônias de bactérias, principalmente quando passa longos períodos úmida ou fechada. Segundo o infectologista Igor Marinho, da Rede de Hospitais São Camilo, lavar apenas com água “não elimina resíduos, não destrói biofilmes e pode até aumentar o risco de contaminação quando o líquido consumido não é apenas água”.

Anúncios

A pesquisa citada mostra que uma garrafa pode atingir mais de 20 milhões de unidades formadoras de colônias, número surpreendente quando lembramos que objetos considerados sujos no dia a dia apresentam índices bem menores. Dessa forma, a higienização deixa de ser apenas um cuidado pontual e passa a ser um hábito diário fundamental.

O passo a passo que realmente evita bactérias

O infectologista explica que a limpeza eficiente começa com a desmontagem completa da garrafa. Tampa, anéis de vedação, bicos, canudos internos e qualquer peça removível precisam ser lavados separadamente. Isso porque microrganismos se escondem justamente nas frestas e regiões onde a água não chega facilmente.

De acordo com Dr. Igor, o ideal é usar água morna e detergente neutro, além de uma escova cilíndrica que alcance o fundo do recipiente. Ele reforça que o ato de esfregar é indispensável: “É essa fricção que remove o início de colônias de bactérias e fungos, que se formam mesmo quando a garrafa parece limpa”.

Anúncios

Após lavar cada parte, o enxágue deve ser abundante, removendo qualquer vestígio de sabão. Mas a etapa mais negligenciada — embora essencial — é a secagem.

Segundo o especialista, guardar a garrafa úmida é praticamente um convite para o crescimento microbiológico. Umidade, escuridão e falta de ventilação criam um ambiente perfeito para proliferação de fungos e mofo, que podem contaminar a água no dia seguinte mesmo que esteja “aparentemente limpa”.

Café, suco e isotônicos: o perigo aumenta

Quando a garrafinha é usada para bebidas diferentes de água, o risco sobe significativamente. Açúcar, pigmentos, resíduos de leite e compostos orgânicos se depositam nas paredes internas e alimentam bactérias com uma velocidade ainda maior.

Anúncios

O Dr. Igor Marinho destaca que “uma limpeza superficial nesses casos não apenas falha, como permite que comunidades inteiras de microrganismos se estabeleçam nas bordas e bicos, aumentando o risco de infecções gastrointestinais”. Por isso, quem consome sucos, cafés, chás, isotônicos ou vitaminas deve reforçar a higienização imediatamente após o uso.

Limpeza profunda: quando e como fazer

Além da limpeza diária, o infectologista recomenda uma higienização mais intensa semanalmente — ou sempre que líquidos açucarados forem armazenados. Ele explica que misturas simples, como bicarbonato de sódio com vinagre, ajudam a eliminar odores e quebrar biofilmes resistentes. Para desinfecção, a solução de água sanitária diluída pode ser usada em garrafas de plástico, mas nunca nas de inox, pois causa corrosão.

Independentemente do método, o enxágue deve ser muito bem feito, retirando qualquer resíduo químico que possa alterar o sabor da água ou causar irritações.

Compartilhar? Nem pensar

Outro alerta importante do infectologista refere-se ao hábito de dividir a garrafinha com amigos, colegas de trabalho ou familiares. Para ele, isso representa um risco direto de transmissão de bactérias e vírus por meio da saliva. O mesmo vale para deixar água parada dentro do recipiente por horas: “Após o contato com a boca, aquela água já não é mais neutra. Ela se transforma em um meio nutritivo para bactérias presentes na garrafa e na saliva”.

Assim, o ideal é sempre renovar a água com frequência e lavar a garrafa no fim do dia, evitando que microrganismos se desenvolvam durante a noite.

Uma rotina simples que faz diferença

Manter a garrafinha limpa não é complicado — mas exige constância. Para quem vive na correria, vale criar pequenas estratégias: deixar uma escova cilíndrica na pia, secar a garrafa aberta antes de dormir ou até ter dois recipientes para alternar o uso enquanto um está secando.

Anúncios

Ao adotar esses cuidados, a garrafinha continua sendo símbolo de autocuidado e saúde, e não um vilão escondido na bolsa. Como reforça o Dr. Igor Marinho, “os riscos podem ser totalmente evitados quando a higienização é feita de forma adequada e frequente”.

E, no final, esse pequeno ritual diário também se conecta ao bem-estar — algo que toda mulher moderna busca, seja no trabalho, na academia, no cuidado com a família ou no simples hábito de hidratar-se ao longo do dia.