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Artistas se unem em campanha nacional e expõem o lado oculto do tráfico de animais no Brasil

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Celebridades brasileiras decidiram usar sua visibilidade para jogar luz sobre um problema que, embora antigo, ainda é pouco compreendido por grande parte da população: o tráfico de animais silvestres. Nomes conhecidos do público, como Angélica, Patrícia Pillar, Marcos Pasquim e Marcelo Novaes, aderiram à campanha nacional “Agora Você Sabe”, idealizada pelo Instituto Líbio, com foco na conscientização sobre a exploração ilegal da fauna.

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A iniciativa surge em um momento em que o consumo de conteúdo digital cresce de forma acelerada e, junto com ele, a circulação de vídeos e imagens que romantizam a convivência com animais silvestres fora do seu habitat natural. Assim, a campanha propõe uma reflexão direta: por trás de cenas aparentemente fofas, existe um ciclo de sofrimento, violência e perda irreversível.

Um comércio ilegal que se alimenta da desinformação

O tráfico de fauna silvestre ocupa hoje o posto de terceiro maior comércio ilegal do mundo, atrás apenas do tráfico de drogas e de armas. No Brasil, milhões de animais são retirados da natureza todos os anos, muitos deles ainda filhotes, para abastecer um mercado clandestino que se fortalece justamente pela normalização dessas práticas.

Curtidas, comentários e compartilhamentos de vídeos que mostram macacos, aves ou outros animais sendo tratados como pets acabam, mesmo sem intenção, estimulando a procura por esse tipo de “conteúdo” — e, consequentemente, a captura ilegal. Dessa forma, o que começa como entretenimento nas redes sociais pode se transformar em incentivo direto à exploração.

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Histórias reais que mudam a percepção

Para romper esse ciclo, a campanha aposta em narrativas reais e impactantes. Cada vídeo apresenta um dado concreto sobre o tráfico e, em seguida, conta a história de um animal acolhido pelo Instituto após situações extremas de maus-tratos, domesticação ilegal ou exploração. As histórias são narradas por artistas convidados, que emprestam suas vozes para ampliar o alcance da mensagem e criar conexão emocional com o público.

Entre os relatos estão o de Nina, um macaco-prego resgatado de um compartimento improvisado dentro de um carro; o de Dodó, uma arara-vermelha vítima de agressões que comprometeram sua visão; e o de Vovó Elza, que passou décadas acorrentada, vivendo como animal de estimação. Casos que ajudam a transformar estatísticas frias em histórias que tocam e informam.

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“Nossa, eu não sabia”: quando a informação transforma atitudes

A frase que dá nome à campanha não foi escolhida por acaso. Segundo o Instituto, ela se repete constantemente quando as pessoas conhecem o destino desses animais. A ideia é simples e poderosa: levar informação clara, acessível e emocionalmente verdadeira para quebrar a normalização do tráfico de animais e provocar uma mudança real de comportamento.

Muitos dos animais resgatados não podem retornar à natureza. Traumas profundos, mutilações e processos de humanização comprometem sua sobrevivência em liberdade. Ao mostrar essas consequências, a campanha busca prevenir novas ocorrências e reforçar que animal silvestre não é pet.

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Celebridades ampliam o alcance da causa

Além dos nomes já citados, a campanha conta com a participação de artistas como Nelson Freitas, Igor Rickli e Aline Wirley, entre outros. A condução do projeto ficou a cargo de Sérgio Marone, que acompanhou de perto o trabalho do Instituto, conheceu as equipes e teve contato direto com os animais retratados.

A campanha será veiculada nas redes sociais e nas plataformas digitais do Instituto Líbio, com vídeos curtos, linguagem direta e forte apelo emocional. Mais do que informar, a proposta é provocar reflexão, responsabilidade e empatia — valores que dialogam diretamente com um público cada vez mais atento a causas sociais, ambientais e éticas.

Ao final de cada história, a mensagem se repete como um convite à consciência: agora você sabe.