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Beleza

Cuidar da pele no verão virou realidade graças aos avanços da estética moderna

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Por muitos anos, o verão foi tratado como um período de pausa quando o assunto era estética. A combinação entre calor intenso, maior exposição solar e tecnologias invasivas fez com que procedimentos dermatológicos fossem empurrados para os meses mais frios. No entanto, essa lógica começou a ruir à medida que a tecnologia estética evoluiu e passou a dialogar melhor com a rotina real das pessoas, inclusive durante a estação mais quente do ano.

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Essa virada de chave não aconteceu por acaso. A dermatologia estética passou a investir em métodos mais precisos, ajustáveis e menos agressivos à pele, abrindo espaço para tratamentos que respeitam o ciclo natural do corpo e não exigem afastamento social ou profissional. Assim, o verão, antes sinônimo de restrição, passou a ser encarado como um período possível para cuidar da pele com responsabilidade e estratégia.

Quando a estética deixou de exigir afastamento da vida real

Um dos grandes marcos dessa transformação está na consolidação dos chamados procedimentos sem downtime, expressão usada para definir tratamentos que não demandam tempo de recuperação prolongado. Segundo Abdo Salomão Jr., doutor em dermatologia pela Universidade de São Paulo e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, o avanço das técnicas permitiu que o cuidado com a pele se tornasse mais compatível com a rotina contemporânea.

A proposta deixou de ser apenas corrigir sinais do tempo e passou a focar na manutenção gradual da saúde cutânea. Dessa forma, tornou-se possível realizar procedimentos estéticos mesmo em períodos de maior exposição solar, desde que o tratamento seja corretamente indicado e acompanhado de fotoproteção rigorosa.

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O papel da evolução dos lasers na nova relação com o verão

Durante décadas, o laser de CO₂ foi uma das principais ferramentas da dermatologia estética. Extremamente eficaz, ele atuava removendo camadas da pele para tratar rugas profundas, cicatrizes e danos solares acumulados. Entretanto, como explica Renato Soriani, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, esse tipo de tecnologia exigia um período prolongado de recuperação e afastamento total do sol, o que tornava seu uso inviável no verão.

Com o tempo, surgiram os lasers fracionados, que representam um salto importante. Ao invés de agredir toda a superfície da pele, eles criam microzonas de estímulo controlado, preservando áreas ao redor e reduzindo riscos. Essa abordagem permitiu resultados consistentes com menor tempo de recuperação, além de mais segurança para diferentes fototipos.

Mais recentemente, os lasers de picossegundos passaram a ganhar destaque. Essa tecnologia atua com altíssima precisão e mínimo dano térmico, o que amplia sua indicação para tratamentos de manchas, cicatrizes, fotodanos e até melasma. De acordo com Soriani, essa característica torna o procedimento mais seguro inclusive para peles sensíveis e em épocas de maior incidência solar, desde que haja acompanhamento médico e proteção adequada.

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Personalização é a palavra-chave dos procedimentos de verão

A possibilidade de realizar tratamentos estéticos durante o verão está diretamente ligada à personalização dos parâmetros. Abdo Salomão Jr. destaca que, nessa época do ano, a preferência recai sobre procedimentos menos ablativos, com ajustes finos que consideram o tipo de pele, histórico de exposição solar e rotina do paciente.

Esse cuidado reduz significativamente o risco de manchas, irritações e hipersensibilidade. Entretanto, o especialista reforça que nenhum avanço tecnológico substitui o uso correto do protetor solar, que segue sendo indispensável antes, durante e após qualquer procedimento estético.

Tecnologias que estimulam colágeno sem agredir a pele

Além dos lasers, outras tecnologias ganharam protagonismo no cuidado com a pele ao longo do ano. O ultrassom microfocado, especialmente quando combinado à radiofrequência e ao campo eletromagnético, passou a ser amplamente utilizado por atuar em diferentes camadas da pele e até na musculatura.

Segundo Alexandre Filippo, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, a flacidez não está relacionada apenas à perda de colágeno, mas também à estrutura muscular profunda. Por isso, tecnologias que alcançam essas camadas promovem resultados mais naturais e progressivos, sem causar descamação ou afastamento da rotina.

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Procedimentos focados em viço, textura e saúde da pele

O verão também favoreceu a popularização de tratamentos voltados à qualidade da pele, e não apenas à correção de sinais. A hidrodermoabrasão do Hydrafacial, por exemplo, promove uma limpeza profunda associada à hidratação e infusão de ativos, sendo considerada segura para qualquer época do ano.

Outro destaque é a radiofrequência monopolar Volnewmer, que estimula a reorganização das fibras de colágeno sem o uso de agulhas ou injeções. De acordo com Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, o procedimento melhora textura, firmeza e viço da pele de forma gradual, tornando-se uma opção interessante para quem busca resultados naturais e progressivos durante o verão.

Planejamento e proteção seguem indispensáveis

Apesar dos avanços, os especialistas são unânimes ao reforçar que os resultados dos procedimentos estéticos não são imediatos. O cuidado com a pele no verão exige planejamento, indicação correta e, sobretudo, compromisso com a fotoproteção diária.

A estética moderna deixou de ser sazonal e passou a acompanhar o ritmo do ano inteiro. Ainda assim, respeitar os limites da pele e seguir orientações médicas continua sendo o caminho mais seguro para manter a saúde, o viço e a beleza em qualquer estação.