Midia
Anatel bloqueia sites ilegais de apostas e revela novo perfil do apostador brasileiro

A era dos jogos de azar sem controle ficou para trás. Desde que a regulamentação do mercado de apostas de quota fixa passou a vigorar com força total no Brasil, a movimentação não para de surpreender — e os números mais recentes comprovam a transformação desse setor. Um levantamento divulgado pela Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda revela que, apenas no primeiro semestre de 2025, mais de 15 mil sites ilegais foram derrubados, marcando um avanço expressivo no combate às plataformas clandestinas.
Com a entrada em vigor das novas regras, a fiscalização se intensificou, e agora o setor passa a ser acompanhado em tempo real por um sistema centralizado. Foram 78 empresas autorizadas e monitoradas de perto, com 17,7 milhões de brasileiros realizando apostas legalmente. Mas o que esses números dizem sobre o novo momento das apostas no país — e quem está apostando?
Vigilância total: o cerco contra apostas ilegais
Desde outubro de 2024, a Anatel tem trabalhado em conjunto com a Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA) para cortar o acesso a sites que operavam fora da nova legislação. O número impressiona: 15.463 páginas bloqueadas em menos de um ano. O movimento não se limita ao bloqueio de domínios — envolve também o monitoramento de transações financeiras e da publicidade digital, áreas sensíveis que, até pouco tempo atrás, escapavam dos olhos da lei.

As instituições financeiras passaram a ser parte fundamental do processo. Sempre que identificam movimentações suspeitas envolvendo empresas de apostas não regularizadas, são obrigadas a notificar a SPA e encerrar as contas imediatamente. Só no primeiro semestre, 255 contas foram encerradas, atingindo tanto pessoas físicas quanto jurídicas. Esse rigor também se estende às plataformas digitais, com apoio de gigantes como Google, Meta, TikTok e Amazon, que passaram a derrubar conteúdos promocionais ilegais — inclusive de influenciadores.
Quem são os brasileiros que mais apostam?
Com o funcionamento do novo sistema Sigap, o governo agora tem acesso em tempo real ao comportamento do jogador brasileiro. De janeiro a junho, 17,7 milhões de pessoas participaram legalmente das apostas de quota fixa. Entre os usuários, os homens representam 71% e as mulheres, 29% — um dado que pode parecer desigual, mas que aponta para uma presença feminina crescente nesse universo antes dominado pelo público masculino.
A maior concentração de apostadores está na faixa etária entre 31 e 40 anos, seguida por adultos jovens de 18 a 30 anos, o que demonstra o apelo digital e a familiaridade dessa geração com aplicativos de jogos. Embora menores em número, pessoas acima dos 50 anos também estão presentes — mostrando que a promessa de retorno financeiro ainda atrai todas as idades.
Quanto se aposta — e quanto se arrecada?
A movimentação financeira no setor impressiona. De acordo com o balanço, o total arrecadado pelas empresas com apostas legalizadas, descontados os prêmios pagos, foi de R$ 17,4 bilhões no semestre. Em média, cada apostador gastou R$ 983 durante os seis meses analisados — o que equivale a cerca de R$ 164 mensais.
Parte desse montante retorna diretamente aos cofres públicos. Segundo a Receita Federal, a arrecadação com tributos e contribuições sociais já soma R$ 3,8 bilhões. Além disso, R$ 2,2 bilhões foram arrecadados apenas com a autorização para as empresas operarem legalmente, e R$ 50 milhões foram pagos em taxas de fiscalização.

Social Midia e crítica de cultura pop, Renata domina o mundo das fofocas e novelas como ninguém. Com uma trajetória em grandes portais de entretenimento, ela traz uma visão divertida e crítica sobre os bastidores do universo das celebridades e das tramas de novelas. Renata é conhecida pelo seu tom bem-humorado e envolvente, que leva os leitores a se sentirem parte dos acontecimentos, discutindo os detalhes de suas novelas favoritas e compartilhando curiosidades imperdíveis das estrelas.



