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Comportamento

As propagandas estão passando do limite? Brasileiros revelam o que mais irrita na publicidade

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estudo cel - As propagandas estão passando do limite? Brasileiros revelam o que mais irrita na publicidade

Em tempos de telas onipresentes, onde tudo parece gritar por atenção, a publicidade ganhou um papel controverso: enquanto tenta vender, irrita. Um estudo recente da Hibou mostrou aquilo que muita gente já suspeitava: a maioria dos brasileiros está exausta dos anúncios – principalmente quando eles interrompem vídeos, filmes e momentos de lazer. Segundo o levantamento, 74% dos entrevistados disseram que se sentem incomodados com propagandas repetitivas, e esse é apenas o começo do incômodo.

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Em uma era em que o público é multitarefa e quer conteúdo sob demanda, as interrupções forçadas estão se tornando um erro estratégico. O dado mais revelador? 78% das pessoas pulam o anúncio assim que possível, enquanto apenas 2% permanecem até o fim. Isso escancara a urgência de pensar novas formas de conversar com o consumidor.

Anúncios longos são ignorados, e os exageros emocionais cansam

A rejeição não é só por volume: o tipo de propaganda também influencia. O público se mostra sensível a alguns estilos de abordagem. Enquanto 63% rejeitam os anúncios que tentam emocionar “demais”, 58% se incomodam com interrupções frequentes e 45% perdem o interesse quando a mensagem não é clara.

E o tempo também conta — anúncios com mais de 30 segundos simplesmente não engajam. Apenas 5% dos entrevistados afirmaram prestar atenção neles. Os demais? Assistem raramente, esporadicamente ou simplesmente nunca.

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O que o público faz durante os comerciais?

Quando o anúncio aparece, o público já criou estratégias para “fugir”. 42% pegam o celular e se distraem com outra coisa, enquanto 34% ficam esperando o programa voltar. Há ainda quem mude de canal (15%), deixe o ambiente (14%) ou até coloque o volume no mudo (6%).

Apesar disso, há um efeito curioso: mesmo diante da irritação, 24% das pessoas afirmam buscar o site ou perfil da marca nas redes sociais após ver um anúncio, enquanto 21% vão atrás de mais informações por conta própria. Ou seja, se a publicidade for relevante, ela pode gerar curiosidade — mas precisa conquistar o público antes de afastá-lo.

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Publicidade que funciona: onde ela ainda é bem recebida?

Se no streaming e nos vídeos a publicidade incomoda, há um outro lado da moeda: os anúncios em marketplaces e durante o processo de compra online são muito mais bem-vindos. Nesses ambientes, 34% dos consumidores veem as propagandas como aliadas para descobrir novos produtos, e 10% já mudaram de ideia por conta de uma oferta atrativa.

Outro ponto positivo para as marcas: a personalização ainda tem peso. Para 59% dos entrevistados, a publicidade direcionada funciona. Ainda melhor quando as sugestões vêm com base no histórico de compras, o que agrada 61% dos consumidores. Criatividade também conta: 40% disseram que anúncios com ideias originais têm mais chances de engajar.