Ceia de Natal e Pets: descubra os alimentos que oferecem riscos aos cães e gatos

O clima de Natal costuma transformar a casa em um festival de aromas que despertam a curiosidade — e o apetite — dos pets. Basta os pratos chegarem à mesa para que cães e gatos se aproximem, como se participassem de um ritual que conhecem desde sempre. Entretanto, aquilo que para nós representa tradição e aconchego pode, para eles, se transformar em um risco invisível.

A diferença entre o organismo humano e o dos animais faz com que muitos alimentos tradicionais das festas de fim de ano sejam perigosos, ainda que pareçam inofensivos. Assim, conhecer o que pode ou não ser oferecido é essencial para que a ceia termine em alegria, e não em uma visita emergencial ao veterinário.

Quando a Ceia Pode Ser Amiga do Pet

Embora grande parte da mesa natalina seja inadequada para cães e gatos, existem alimentos que podem ser incorporados ao cardápio deles de forma segura e moderada. De acordo com a médica-veterinária Manuela Soares, alguns ingredientes podem ser compartilhados desde que preparados sem temperos, gordura ou qualquer aditivo que altere sua natureza. Ela explica que carnes como frango, peixe e peru cozidos e totalmente livres de ossos são boas opções e costumam agradar os pets, especialmente quando servidos ainda mornos, realçando seu aroma natural.

Além das proteínas, legumes cozidos também entram na lista dos alimentos aceitos. Cenoura, batata-doce, chuchu e abobrinha fornecem fibras e energia leve, sendo alternativas equilibradas para tutores que desejam incluir o pet em pequenos momentos da ceia. Manuela ressalta ainda que frutas como melancia, melão, maçã sem sementes e pera podem ser oferecidas em quantidades pequenas. Dessa forma, o tutor mantém o pet por perto sem comprometer a saúde digestiva.

A veterinária pondera, entretanto, que a ceia não deve se tornar um exagero. Mudanças bruscas na dieta — mesmo quando os alimentos são naturais — podem causar episódios de vômito ou diarreia. “Tudo precisa ser servido em porções pequenas. Quanto mais simples o preparo, mais seguro será para o pet. Planejar com antecedência evita excessos e contribui para um Natal tranquilo”, afirma.

Os Alimentos Natalinos que Podem Fazer Mal

Apesar das opções seguras, é fundamental entender que a maior parte dos itens presentes na ceia tradicional não é adequada para cães e gatos. Alimentos gordurosos, temperados ou açucarados, que fazem parte da mesa humana, podem desencadear intoxicações severas. Chocolate, panetone, uvas e passas, por exemplo, são altamente tóxicos, podendo causar desde alterações gastrointestinais até falhas renais, dependendo da quantidade ingerida e da sensibilidade do animal. Segundo Manuela, “pequenas quantidades desses alimentos já podem resultar em problemas sérios, especialmente em pets pequenos”.

Outros itens igualmente comuns — como cebola, alho, bebidas alcoólicas, molhos, temperos fortes e ossos cozidos — representam riscos ainda maiores. Os ossos podem se fragmentar, provocando perfurações internas, enquanto cebola e alho têm substâncias que afetam diretamente as células sanguíneas dos pets. Já as bebidas alcoólicas e as sobremesas açucaradas, tão presentes na mesa natalina, têm potencial para causar quadros de intoxicação aguda, hipoglicemia e pancreatite. Assim, manter o pet afastado da mesa é mais do que um cuidado: é uma medida de proteção indispensável.

Como Garantir um Natal Seguro para Todos

A presença dos pets torna as celebrações mais leves e memoráveis, mas a segurança deles deve vir em primeiro lugar. Manuela reforça que, na dúvida, a melhor escolha é evitar qualquer alimento que não seja específico para cães e gatos. Petiscos próprios para eles podem ser incluídos na programação da ceia como uma maneira carinhosa de participar do momento sem correr riscos. “Afinal, carinho também se serve no prato”, lembra a veterinária.

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Suzana Machado

Formada em administração e apaixonada por animais, Suzana dedica sua vida a causas que promovem o bem-estar animal. Com uma habilidade única para transformar sua paixão em palavras, ela escreve sobre pets e o mundo animal de forma envolvente e informativa. Defensora ativa dos direitos dos bichinhos, Suzana alia conhecimento e sensibilidade para inspirar leitores a cuidarem melhor de seus amigos de quatro patas. Seu estilo cativante e cheio de empatia conecta amantes de animais, trazendo dicas, histórias curiosidades que fazem a diferença na vida de tutores e pets.