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Comportamento

Cientista brasileiro faz história e conquista o maior prêmio mundial da saúde mental

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Resumo

• O psiquiatra brasileiro Luis Augusto Rohde tornou-se o primeiro latino-americano a receber o Ruane Prize, o mais importante prêmio da saúde mental mundial.
• O reconhecimento foi concedido pela Brain & Behavior Research Foundation, dos Estados Unidos, por suas contribuições à compreensão e tratamento de transtornos mentais.
• Especialista em TDAH, Rohde é professor da UFRGS e USP, e vice-coordenador do Centro de Pesquisa e Inovação em Saúde Mental (CISM), financiado pela FAPESP.
• O prêmio celebra o avanço da pesquisa em saúde mental infantil e reforça o impacto global da ciência brasileira.
• A conquista representa um marco histórico e inspira o fortalecimento dos estudos sobre bem-estar emocional de crianças e adolescentes.

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O nome de Luis Augusto Rohde entrou para a história da psiquiatria mundial ao se tornar o primeiro latino-americano a receber o Ruane Prize, o mais importante reconhecimento internacional dedicado à pesquisa em saúde mental. O prêmio é concedido anualmente pela Brain & Behavior Research Foundation (BBRF), dos Estados Unidos, a pesquisadores que se destacam por contribuições relevantes na compreensão e tratamento de transtornos mentais.

Criado no ano 2000, o Ruane Prize contempla quatro grandes áreas: esquizofrenia, transtornos de humor, psiquiatria da infância e adolescência e neurociência cognitiva. Em vinte e cinco anos de história, é a primeira vez que o prêmio vem para a América Latina — um feito que simboliza o reconhecimento global da ciência brasileira.

Rohde é vice-coordenador do Centro de Pesquisa e Inovação em Saúde Mental (CISM), ligado à FAPESP, e atua há décadas na linha de frente de estudos sobre Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Além disso, é professor titular do Departamento de Psiquiatria e Medicina Legal da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e dirige o Programa de Déficit de Atenção/Hiperatividade do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Também integra o corpo docente da pós-graduação em psiquiatria da USP.

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Com uma trajetória acadêmica sólida — que inclui mestrado, doutorado e livre-docência —, Rohde dedicou boa parte de sua carreira à busca por soluções que possam transformar a vida de crianças e adolescentes com transtornos mentais. “Receber esse prêmio significa provar que é possível fazer ciência da mais alta qualidade em países latino-americanos”, afirmou o pesquisador ao celebrar a conquista.

Mais do que um reconhecimento pessoal, o prêmio simboliza o avanço da pesquisa em saúde mental infantil, uma área que ainda enfrenta desafios de investimento e visibilidade em muitos países. O trabalho de Rohde se destaca justamente por unir rigor científico e impacto social, mostrando que o cuidado com o bem-estar emocional desde a infância é uma das bases para uma sociedade mais saudável.

A Brain & Behavior Research Foundation, responsável pelo prêmio, é considerada uma das maiores organizações filantrópicas do mundo dedicadas à pesquisa em saúde mental. Desde 1987, já destinou mais de US$ 460 milhões a projetos de inovação científica, beneficiando mais de 5.600 pesquisadores em mais de 600 instituições de pesquisa no planeta.

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A conquista de Rohde é um lembrete poderoso do potencial da ciência feita no Brasil e da importância de investir em conhecimento. Seu trabalho reforça a necessidade de olhar para a saúde mental com a mesma atenção dada a outras áreas da medicina, especialmente quando se trata de crianças e adolescentes.

Mais do que um prêmio, sua vitória é um símbolo de esperança. É o reconhecimento de que, mesmo diante das adversidades, o talento e a dedicação podem romper fronteiras e transformar o futuro de milhões de pessoas que convivem com transtornos mentais em todo o mundo.