Comportamento
Comer carne vermelha faz diferença depois dos 40? Nutricionista garante que sim

Resumo
• A nutricionista Gabriela Pereira explica por que a carne vermelha continua sendo importante para a saúde feminina, especialmente após os 40 anos.
• A especialista destaca que a proteína animal oferece aminoácidos completos e maior absorção, essenciais para músculos, pele, hormônios e imunidade.
• Revisões científicas atuais mostram que o consumo moderado de carne magra não representa riscos quando inserido em um estilo de vida equilibrado.
• Após os 40, a mulher perde massa muscular naturalmente, e a proteína se torna fundamental para combater a sarcopenia e manter o metabolismo ativo.
• Gabriela reforça um consumo consciente e sustentável, priorizando carnes de qualidade e variedade na alimentação, sempre com equilíbrio.
Entre tendências alimentares, debates acalorados nas redes e uma enxurrada de informações contraditórias, poucas questões dividiram tanto opiniões quanto o consumo de carne vermelha. Para algumas mulheres, especialmente após os 40 anos, ela virou quase um tabu; para outras, continua sendo um alimento indispensável. A verdade, porém, costuma estar em um ponto de equilíbrio — e, segundo a nutricionista Gabriela Pereira, esse equilíbrio inclui a presença da proteína animal no prato.
Criadora do conceito “dieta feliz” e com quase duas décadas de atuação clínica, Gabriela defende que entender o papel real da proteína animal é essencial para mulheres que buscam bem-estar, vitalidade e energia. Assim, mergulhamos nas explicações da especialista para esclarecer mitos e destacar verdades importantes sobre a carne bovina, frango, peixe e outras fontes fundamentais de aminoácidos.
Por que a proteína animal continua insubstituível
Quando o assunto é nutrição feminina, Gabriela é direta: “A proteína é responsável por praticamente todas as funções vitais do corpo, da formação de tecido muscular à produção de hormônios e neurotransmissores”. É ela quem estrutura pele, cabelo, unhas, mantém o sistema imunológico ativo e participa da ação de enzimas que regulam o metabolismo.

Embora proteínas vegetais sejam bem-vindas, a especialista explica que a proteína animal se diferencia por oferecer todos os aminoácidos essenciais em uma única fonte, algo que o organismo não consegue sintetizar sozinho. Em comparação, proteínas vegetais necessitam de combinações específicas e podem ter absorção menor devido a substâncias como taninos e fitatos.
De onde veio a vilanização da carne vermelha?
A demonização da carne vermelha surgiu de estudos antigos que, segundo Gabriela, misturavam categorias alimentares distintas. “Muitas pesquisas avaliavam populações fumantes, sedentárias ou que consumiam carnes ultraprocessadas, como salsichas e embutidos. Isso distorcia as conclusões.”
Com metodologias mais robustas, revisões atuais mostram que o consumo moderado de cortes magros — algo entre 350 g e 500 g por semana — não apresenta relação direta com câncer, doenças cardíacas ou inflamações quando inserido em um estilo de vida equilibrado. Além disso, recomendações de instituições internacionais seguem alinhadas a esse entendimento.
Variar é essencial: como cada tipo de carne contribui para o corpo
Gabriela reforça que não existe “uma carne melhor que todas”, mas sim nutrientes diferentes que, juntos, formam um cardápio completo. A carne bovina, por exemplo, concentra ferro heme, creatina e minerais ligados à energia celular. O frango e a carne suína têm cortes magros e são fonte de zinco, fundamental para a pele, unhas e produção hormonal. Já os peixes gordurosos, como salmão e sardinha, entregam ômega-3, capaz de reduzir inflamações e apoiar funções cognitivas.
Essa diversidade semanal, segundo ela, colabora para um metabolismo mais eficiente e melhora a recuperação muscular.
Depois dos 40, o corpo feminino muda — e as necessidades também
Com o avanço da idade, a mulher passa por transformações hormonais que intensificam a perda de massa muscular, fenômeno conhecido como sarcopenia. Gabriela explica que a proteína se torna, então, uma aliada indispensável.
“Músculo é vida. A leucina, presente principalmente nas proteínas animais, funciona como um gatilho para reconstruir fibras e manter o metabolismo ativo”, comenta. Para conquistar esse equilíbrio, ela recomenda entre 25 g e 35 g de proteína por refeição — algo que equivale a cerca de 100 g a 150 g de carnes, frango ou peixe.
Além de preservar músculos, essa ingestão adequada favorece saciedade, estabilidade glicêmica e até controle de peso, itens que se tornam ainda mais importantes durante a transição para a menopausa.
O impacto da proteína em todas as refeições
Inserir fontes proteicas ao longo do dia também contribui para um gasto calórico maior, já que a digestão da proteína exige mais energia — o famoso efeito termogênico natural. Isso ajuda a controlar picos de glicose e insulina e mantém a sensação de saciedade por mais tempo.
O café da manhã, por exemplo, não precisa ser apenas carboidrato. O mesmo vale para lanches intermediários e refeições principais. Para Gabriela, distribuir bem a proteína ao longo do dia é uma estratégia eficiente para quem busca força, equilíbrio metabólico e estabilidade de humor.
Consumir carne de forma ética, consciente e sustentável
Para Gabriela, sustentabilidade não significa excluir a carne, e sim consumir de maneira inteligente. Ela defende práticas como priorizar animais criados a pasto, evitar produtos ultraprocessados e aproveitar cortes de forma integral — como no preparo de caldos nutritivos com ossos, ricos em colágeno e minerais.
Esse modelo, segundo a nutricionista, une saúde, praticidade e responsabilidade ambiental. “A melhor dieta é sempre aquela que se aproxima da natureza, com alimentos minimamente processados e diversidade no prato”, reforça.

Maira Morais, é Mãe, Makeup e influenciadora digital que se destaca no universo da beleza por sua criatividade e técnica refinada. No mercado a anos, decidiu compartilhar dicas de maquiagens, beleza, maternidade e demais inspirações para o universo das mulheres.




