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Comportamento

Comer frutas e vegetais reduz sintomas de ansiedade e depressão, aponta estudo

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Cuidar da mente começa muito antes do consultório. Segundo um estudo recente, hábitos alimentares mais saudáveis podem fazer diferença real na forma como nos sentimos todos os dias. Isso mesmo: incluir mais frutas e vegetais na alimentação pode ser uma poderosa forma de reduzir o sofrimento psíquico, que muitas vezes se manifesta por meio da ansiedade, da depressão e do estresse crônico. A ciência, agora, começa a dar voz ao que o nosso corpo já tenta dizer há algum tempo: comer bem é também um ato de autocuidado emocional.

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Pesquisadores analisaram dados de mais de 45 mil pessoas para entender como a alimentação natural influencia a saúde mental. O que encontraram foi um padrão evidente: quanto mais vegetais e frutas no prato, menores as chances de apresentar altos níveis de sofrimento psicológico. E, entre as mulheres, esse efeito foi ainda mais significativo. Para muitas delas, cada porção extra no prato parecia ajudar a silenciar parte das inquietações internas.

A força emocional que vem da terra

De acordo com os dados, indivíduos que consumiam menos de uma porção de vegetais por dia — o equivalente a cerca de 150 gramas — estavam até 160% mais propensos a relatar sofrimento mental em comparação com aqueles que ingeriam cinco ou mais porções diariamente. Essa diferença não é pequena. E a boa notícia é que essa mudança não exige soluções mirabolantes: ela começa com o que colocamos no prato.

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No universo feminino, onde questões como saúde mental, equilíbrio emocional e exaustão mental são frequentemente ignoradas ou minimizadas, a descoberta soa como um alerta e, ao mesmo tempo, um convite. Quando incluímos mais alimentos de origem vegetal nas refeições — como folhas verdes, legumes, raízes e frutas frescas — estamos, na verdade, oferecendo ao corpo os nutrientes que ajudam o cérebro a funcionar melhor, a mente a descansar e o humor a se equilibrar. E isso pode ser sentido tanto na disposição quanto na maneira como lidamos com a rotina e os sentimentos.

A relação entre comida e mente vai além do paladar

Mais do que apenas o que comemos, a forma como tratamos o próprio corpo influencia diretamente a saúde mental. E isso inclui o ato de cozinhar, de escolher ingredientes, de priorizar alimentos frescos e deixar de lado os processados. Numa era em que tudo é urgente, a pausa para cuidar da alimentação pode ser um gesto silencioso, mas poderoso de autocuidado.

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No estudo, observou-se também que os homens se beneficiaram com três a quatro porções diárias de vegetais, enquanto para as mulheres, os ganhos pareciam crescer ainda mais a cada porção adicional, até o limite de cinco ao dia. Isso sugere que, além das recomendações gerais, a alimentação equilibrada pode ter efeitos diferenciados entre os gêneros, especialmente quando se trata de saúde emocional.

Frutas também fazem bem — mas há limites

As frutas, ricas em vitaminas, fibras e antioxidantes, também mostraram associação positiva com o bem-estar emocional, embora seus efeitos sejam mais moderados do que os dos vegetais. Como contêm naturalmente mais açúcares, é importante manter o equilíbrio e não exagerar nas quantidades. O segredo está em variedade e moderação, preferindo frutas in natura e respeitando os sinais do corpo.

Além disso, o estudo apontou que outros fatores de estilo de vida influenciam fortemente o nível de sofrimento mental. Pessoas que não praticam atividades físicas, têm o hábito de fumar ou consomem álcool com frequência apresentaram maiores taxas de sofrimento psíquico. Isso evidencia que o bem-estar é um conjunto de escolhas, e que pequenas mudanças — como trocar um lanche industrializado por uma fruta fresca — podem ser o começo de uma transformação mais profunda.

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Comer bem é um ato de cuidado com o corpo e a mente

Embora o estudo traga dados robustos, ele reforça algo que muitas mulheres já sentem na prática: uma conexão real entre o que colocamos na mesa e o que sentimos. Quando o organismo está abastecido com alimentos naturais, ricos em nutrientes e livres de excessos artificiais, todo o sistema — do intestino ao cérebro — responde com mais equilíbrio e clareza.

A boa alimentação não substitui o acompanhamento profissional, mas pode sim ser uma aliada poderosa para quem busca mais leveza, energia e saúde emocional. Afinal, cuidar da alimentação é também um jeito de dizer a si mesma: “eu me escuto, eu me cuido, eu me acolho”.