Comportamento
Como reduzir a ansiedade no dia a dia com 5 hábitos simples que funcionam de verdade

Vivemos em um tempo em que o mundo parece correr mais rápido do que conseguimos acompanhar. A pressão das redes sociais, a agenda sempre cheia e a hiperconexão constante criam o cenário perfeito para que a ansiedade deixe de ser apenas um alerta pontual e se transforme em um estado contínuo do corpo e da mente. Entretanto, mesmo quando não conseguimos controlar tudo o que acontece ao nosso redor, ainda temos autonomia para ajustar nossas rotinas e criar condições mais favoráveis ao bem-estar. É justamente aí que pequenas mudanças ganham poder.
Assim, quando olhamos para a rotina com mais gentileza e intenção, abrimos espaço para hábitos que regulam a química do cérebro, estabilizam o humor e devolvem ao corpo aquilo que ele mais precisa: descanso, clareza e equilíbrio. A seguir, exploramos cinco práticas profundamente transformadoras — e totalmente possíveis — para que você possa reduzir a ansiedade de maneira consistente e realista.
Atenção ao que você consome: seu corpo conversa com sua mente
A alimentação é uma das primeiras áreas a refletir o impacto da ansiedade, ainda que a relação entre o que comemos e como nos sentimos passe despercebida. Bebidas estimulantes, como café e energéticos, por exemplo, intensificam a produção de adrenalina e cortisol. Isso significa que aquele “gás extra” pode, na verdade, ampliar a inquietação, acelerar a frequência cardíaca e aprofundar a sensação de alerta. Reduzir o consumo de cafeína à tarde e substituí-la por chás calmantes é um passo simples que costuma gerar mudanças perceptíveis no humor.

Da mesma forma, alimentos muito açucarados criam picos e quedas bruscas de energia, que afetam diretamente a estabilidade emocional. Quando o corpo faz esse “zigue-zague” químico, a mente acompanha, resultando em irritabilidade e dificuldade de concentração. Optar por refeições mais completas, com fibras, proteínas e carboidratos complexos, estabiliza o organismo e reduz oscilações emocionais ao longo do dia.
Higiene digital: o descanso que sua mente implora
Encerrar o dia rolando o feed é quase um reflexo automático da vida moderna. Mas a mistura de notícias negativas, comparações sociais e excesso de estímulos cria uma sobrecarga emocional que se acumula silenciosamente. Além disso, a luz azul emitida por telas inibe a produção de melatonina, o hormônio responsável pelo sono reparador.
Estabelecer um limite para o uso do celular à noite funciona como uma barreira emocional que protege a mente. Ao deixar o aparelho fora do quarto ou longe da cama, sua mente entende que o dia encerrou. Ler algumas páginas de um livro, preparar um chá morno ou simplesmente aproveitar o silêncio transforma esse momento em um ritual de desaceleração — essencial para quem convive com ansiedade.
Exercício físico: o antídoto natural contra o acúmulo de tensão
Quando a ansiedade aumenta, o corpo reage como se estivesse diante de uma ameaça real. A tensão muscular se acumula, o coração acelera e a mente busca saídas para um perigo que, muitas vezes, nem existe. Atividades físicas ajudam a dissipar essa energia acumulada e estimulam neurotransmissores responsáveis por trazer leveza, bem-estar e clareza mental.

Caminhadas regulares já são suficientes para reorganizar pensamentos e regular o humor. Práticas como yoga e alongamentos aprofundam ainda mais essa sensação de equilíbrio, pois unem movimento à respiração consciente. O importante é manter a consistência e transformar essa atividade em um momento de cuidado, e não em uma obrigação. O corpo responde rápido — e a mente agradece.
Respiração e Mindfulness: o retorno ao agora
A ansiedade nasce no futuro. É a mente imaginando cenários, criando problemas e alimentando medos que nem sempre se concretizam. As práticas de Mindfulness, assim como exercícios simples de respiração, trazem o pensamento de volta ao presente e diminuem a intensidade desse fluxo mental acelerado.
Técnicas como a respiração 4-7-8 funcionam como um freio biológico. Ao inspirar profundamente, segurar o ar por alguns segundos e soltar de maneira lenta, o sistema nervoso interpreta essa ação como um sinal de segurança. Com isso, o corpo reduz o estado de alerta e permite que a mente se acalme. Apenas alguns minutos por dia são suficientes para criar uma sensação de estabilidade que se prolonga ao longo do dia.
Organização e planejamento: clareza diminui o caos
A sensação de descontrole costuma ser um dos maiores gatilhos da ansiedade. Manter todas as tarefas, preocupações e compromissos apenas na mente gera sobrecarga e aumenta a percepção de caos interno. Planejar o dia seguinte, organizando prioridades e distribuindo tarefas de forma realista, evita essa exaustão mental.
O ideal é escolher poucas prioridades e quebrar tarefas grandes em etapas menores, mais acessíveis. Assim, o cérebro entende que há um caminho claro e menos ameaçador. Anotar compromissos em agendas, aplicativos ou planners funciona como um alívio imediato, pois tira o peso da memória e devolve à mente o sossego de que ela precisa para funcionar bem.
A consistência, porém, é o elemento-chave. Não se trata de eliminar a ansiedade, mas de criar uma rotina que a contenha, oferecendo estrutura, serenidade e cuidado. Escolha uma prática para começar hoje — um pequeno ajuste que você consiga sustentar — e permita que ele abra espaço para os próximos passos. Aos poucos, essa soma de hábitos transforma dias turbulentos em dias mais leves, e a vida começa a caber novamente no seu ritmo.

Maira Morais, é Mãe, Makeup e influenciadora digital que se destaca no universo da beleza por sua criatividade e técnica refinada. No mercado a anos, decidiu compartilhar dicas de maquiagens, beleza, maternidade e demais inspirações para o universo das mulheres.



