A literatura tem um poder transformador. Um bom livro pode transportar o leitor para outros mundos, despertar emoções intensas e, acima de tudo, provocar reflexões profundas sobre a vida e a sociedade. Entre tantas obras publicadas ao longo dos anos, algumas se destacam por sua originalidade, impacto cultural e capacidade de nos fazer enxergar além do óbvio.
Escolher quais títulos ler pode ser um desafio, mas algumas histórias são indispensáveis para quem deseja ampliar seus horizontes literários. São livros que, além de bem escritos, carregam significados profundos, personagens inesquecíveis e questionamentos que permanecem na mente muito tempo depois da última página.
A seguir, conheça cinco obras contemporâneas que todos deveriam ler pelo menos uma vez na vida.
1. Grande Sertão: Veredas – João Guimarães Rosa
Um dos maiores clássicos da literatura brasileira, Grande Sertão: Veredas é mais do que uma história, é uma experiência linguística e filosófica. Narrado por Riobaldo, ex-jagunço que relembra sua trajetória no sertão, o livro desafia o leitor com um estilo inovador e um enredo que mistura ação, poesia e reflexões sobre o destino, o amor e a existência.

A escrita de Guimarães Rosa é única, com palavras inventadas, frases que brincam com os sons e significados, e um ritmo que envolve do começo ao fim. Mais do que um livro, é um desafio literário que vale cada página.
2. Cem Anos de Solidão – Gabriel García Márquez
Nenhuma lista de livros indispensáveis estaria completa sem Cem Anos de Solidão. O romance do colombiano Gabriel García Márquez é um marco do realismo mágico e uma verdadeira viagem pela história da fictícia cidade de Macondo e da família Buendía.

Com personagens que vivem ciclos de amor, tragédia e solidão, a narrativa mistura o surreal e o cotidiano de forma magistral. A escrita envolvente e a riqueza de detalhes tornam essa obra uma leitura inesquecível, repleta de simbolismos e metáforas sobre a vida e a passagem do tempo.
3. Quarto de Despejo – Carolina Maria de Jesus
Uma das vozes mais potentes da literatura brasileira, Carolina Maria de Jesus transformou sua realidade em palavras com Quarto de Despejo, um diário que retrata sua vida na favela do Canindé, em São Paulo.

A obra expõe com sinceridade e sensibilidade as dificuldades enfrentadas por uma mulher negra, mãe solo e catadora de papel, que encontrou na escrita uma forma de resistir e denunciar a desigualdade social. A simplicidade e a força de suas palavras fazem deste livro um registro histórico essencial para entender o Brasil e a luta das classes marginalizadas.
4. A Metamorfose – Franz Kafka
Poucos livros conseguem transmitir tanta angústia e reflexão em tão poucas páginas como A Metamorfose. Publicado em 1915, mas com um impacto que ressoa até hoje, a obra narra a história de Gregor Samsa, um homem comum que, de repente, desperta transformado em um inseto monstruoso.
A partir dessa premissa bizarra, Kafka conduz o leitor a uma jornada sobre a alienação, o medo do abandono e a fragilidade das relações humanas. Mais do que um conto fantástico, é uma análise profunda da condição humana e da dificuldade de adaptação ao mundo.
5. O Apanhador no Campo de Centeio – J.D. Salinger
Adorado por gerações, O Apanhador no Campo de Centeio captura como poucos livros os dilemas da juventude. A obra acompanha Holden Caulfield, um adolescente que, após ser expulso do colégio, vagueia por Nova York refletindo sobre a falsidade do mundo adulto, suas frustrações e inseguranças.

Com uma narrativa em tom confessional e uma linguagem cheia de ironia e sarcasmo, Salinger cria um retrato atemporal do sentimento de deslocamento e da busca por identidade, tornando esse romance um verdadeiro clássico da literatura contemporânea.

Especialista em Moda e estilo pessoal, Clara é apaixonada por transformar o guarda-roupa de suas leitoras em uma expressão autêntica de sua personalidade. Formada em Design de Moda, Clara escreve com o intuito de trazer dicas acessíveis e práticas, que valorizam cada tipo de corpo e estilo. Suas matérias vão além das tendências: Clara acredita que a moda é uma forma de empoderamento e autoconhecimento, inspirando leitoras a se expressarem com confiança.