Buscar terapia ainda é um grande tabu para muitas pessoas. Seja por preconceito, medo do julgamento ou simplesmente por acreditar que “não é tão grave assim”, adiar esse passo pode prolongar o sofrimento e dificultar a resolução de questões emocionais. No entanto, a verdade é que não existe um momento exato para procurar ajuda profissional – cada pessoa tem sua própria trajetória, e a terapia pode ser útil tanto em momentos de crise quanto como ferramenta de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal.
Mas, afinal, como saber se está na hora de marcar uma consulta com um psicólogo? Para responder a essa questão, conversamos com especialistas que explicam os principais sinais de que a terapia pode fazer a diferença na sua vida.
Quando a vida parece um peso constante
Todo mundo passa por momentos difíceis, mas quando a sensação de angústia, tristeza ou ansiedade se torna uma constante, é preciso olhar com mais atenção para esses sentimentos. Segundo a psicóloga Mariana Vasconcellos, especializada em saúde emocional, “é comum ignorarmos sinais do corpo e da mente, esperando que o tempo resolva tudo.

Mas quando o mal-estar persiste e afeta a qualidade de vida, a terapia se torna essencial para entender e lidar com essas emoções”. Dificuldades para dormir, falta de energia e mudanças bruscas de humor também podem ser indicativos de que algo não está bem e precisa de atenção.
Traumas e dores do passado ainda machucam
Nem sempre conseguimos deixar o passado para trás. Algumas experiências dolorosas continuam impactando a maneira como nos relacionamos com os outros e como lidamos com desafios do presente. O terapeuta cognitivo-comportamental Rafael Monteiro explica que “traumas não resolvidos podem se manifestar de diferentes formas, como insegurança excessiva, medo de abandono e até sintomas físicos, como dores crônicas sem causa aparente”.
Se memórias difíceis continuam causando sofrimento ou interferindo no dia a dia, a terapia pode ajudar a ressignificar esses acontecimentos e trazer mais leveza para a vida.
Relacionamentos complicados e conflitos frequentes
Relacionamentos saudáveis são construídos com base na comunicação e no respeito, mas nem sempre é fácil manter esse equilíbrio. Conflitos repetitivos com parceiros, familiares ou amigos podem indicar padrões emocionais que precisam ser trabalhados.

“A terapia pode ajudar a identificar padrões de comportamento que prejudicam a forma como nos relacionamos com os outros”, aponta a psicóloga Mariana Vasconcellos. “Se você sente que está sempre preso nos mesmos problemas com pessoas diferentes, esse pode ser um sinal de que algo interno precisa ser revisado”.
Fases de mudança e incerteza
Momentos de transição, como mudanças de carreira, término de relacionamentos ou grandes decisões de vida, podem gerar ansiedade e insegurança. Para algumas pessoas, esses períodos são naturais e fluem com facilidade, mas para outras, podem ser extremamente desafiadores.
Rafael Monteiro ressalta que “o medo do desconhecido pode nos paralisar ou nos fazer duvidar de nossas capacidades. Nesses momentos, a terapia funciona como um suporte para tomar decisões com mais clareza e confiança”.
Sensação de estar perdido e sem propósito
A falta de motivação e a sensação de que “nada faz sentido” podem indicar não apenas um momento de desânimo, mas também um sinal de algo mais profundo. Quando os dias parecem repetitivos e sem propósito, a terapia pode ajudar a resgatar aquilo que traz satisfação e bem-estar.
“Nem sempre o sofrimento precisa ter um motivo evidente”, explica Mariana. “Às vezes, sentimos um vazio que não sabemos explicar, e a terapia é um espaço para explorar essas sensações e encontrar novos caminhos”.

Especialista em Moda e estilo pessoal, Clara é apaixonada por transformar o guarda-roupa de suas leitoras em uma expressão autêntica de sua personalidade. Formada em Design de Moda, Clara escreve com o intuito de trazer dicas acessíveis e práticas, que valorizam cada tipo de corpo e estilo. Suas matérias vão além das tendências: Clara acredita que a moda é uma forma de empoderamento e autoconhecimento, inspirando leitoras a se expressarem com confiança.