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Comportamento

Estilo em alta: moda continua no topo do comércio eletrônico europeu em 2024

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A moda reafirma seu reinado no universo digital. Em 2024, sete em cada dez europeus compraram roupas, calçados e acessórios pela internet, segundo o relatório da Ecommerce Europe. O levantamento mostra que o setor fashion segue na dianteira do comércio eletrônico do continente, deixando para trás os produtos multimídia (56%) e as assinaturas de streaming (46%).

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O dado confirma que o estilo e a autoexpressão continuam sendo prioridades, mesmo em um cenário cada vez mais tecnológico e competitivo.

O poder da moda no e-commerce

As compras online de moda não são apenas uma questão de praticidade — elas revelam uma mudança de comportamento. O consumidor europeu vem consolidando o hábito de adquirir roupas e calçados de forma digital, impulsionado por plataformas que oferecem variedade, preços acessíveis e entregas rápidas. O sucesso de marketplaces e de gigantes globais reforça o protagonismo desse setor, que soube unir tecnologia, experiência personalizada e desejo de pertencimento.

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Mesmo diante da concorrência de segmentos como perfumes, cosméticos (31%) e artigos esportivos (26%), a moda continua à frente, reafirmando sua influência cultural e econômica no ambiente online. O relatório ainda aponta que 83% dos consumidores preferem comprar de vendedores nacionais, enquanto 33% optam por outros países da Europa. Além disso, 20% das compras são feitas em sites sediados fora da União Europeia, um dado que desperta atenção por conta da expansão de plataformas chinesas como Shein e Temu, que conquistaram o público com preços competitivos e lançamentos constantes.

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Crescimento com desafios

Embora o setor continue aquecido, a Ecommerce Europe alerta para a necessidade de harmonização das normas e igualdade de condições entre empresas locais e internacionais. Segundo o secretário-geral Luca Cassetti, o momento é de adaptação e fortalecimento. Já a diretora-geral Christel Delberghe reforça que a Europa precisa agir com rapidez para garantir que todas as companhias sigam as mesmas regras de transparência e competitividade.

O relatório também destaca o fosso tecnológico entre pequenas e grandes empresas. Entre as corporações com mais de 250 funcionários, 46% possuem alta intensidade digital, com processos automatizados e infraestrutura moderna. No entanto, entre as pequenas e médias empresas (PMEs), esse índice cai significativamente — apenas 27% têm alto nível de digitalização. A lacuna reforça o desafio de democratizar o acesso à tecnologia e capacitar empreendedores menores para competir no mesmo ritmo das gigantes do e-commerce.

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Europa Ocidental lidera as vendas

Os números de 2024 reforçam a força da Europa Ocidental — que engloba França, Alemanha, Reino Unido, Irlanda e os países do Benelux — como o principal motor do comércio eletrônico do continente. A região responde por 64% das vendas B2C online, movimentando 569 bilhões de euros. Logo atrás vem a Europa do Sul (Portugal, Espanha, Itália e Grécia), responsável por 19% do volume total, com 166 bilhões de euros em transações.

A Europa Central aparece com 9% (79 bilhões de euros), seguida pela Europa do Norte, com 6% (56 bilhões), e pela Europa de Leste, que responde por 2% (17 bilhões). As diferenças regionais refletem tanto o poder aquisitivo quanto o nível de digitalização e infraestrutura logística de cada área, mostrando que o comércio eletrônico europeu ainda é um campo de contrastes — mas também de oportunidades.