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Comportamento

Gordura no fígado: estudo revela que comer peixe reduz o risco da doença

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A esteatose hepática, popularmente conhecida como gordura no fígado, tornou-se um dos problemas metabólicos mais comuns do mundo moderno. Estima-se que o distúrbio já afete entre 25% e 30% da população, impulsionado por rotinas desequilibradas, alimentação ultraprocessada, noites mal dormidas e o estresse contínuo que tantas mulheres enfrentam no dia a dia. E como esse tema desperta atenção crescente, a ciência segue investigando possíveis estratégias naturais de proteção — e uma delas está justamente no prato de quem consome peixe com frequência.

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Assim, uma pesquisa recente publicada no periódico Nutrients, conduzida por universidades da Austrália e da Itália, revelou um possível aliado poderoso para reduzir o risco da doença: o ômega-3 presente em pescados como sardinha e salmão.

O estudo que colocou o ômega-3 em evidência

O trabalho científico analisou 1.297 adultos participantes do estudo Nutrihep, composto por moradores da região do Mediterrâneo — um dos lugares mais estudados do mundo quando o assunto é longevidade e alimentação equilibrada. Os voluntários passaram por diversos exames, incluindo ultrassonografia hepática, e responderam a questionários detalhados sobre estilo de vida e hábitos alimentares.

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A partir dessa análise cuidadosa, os pesquisadores observaram que as pessoas que consumiam mais peixes ricos em ômega-3, especialmente sardinha e salmão, apresentavam menor acúmulo de gordura hepática. Em outras palavras: quanto maior a presença desses pescados na rotina alimentar, menor a probabilidade de desenvolver esteatose hepática.

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O que explica esse efeito protetor do peixe

Segundo especialistas, o ômega-3 exerce impacto direto em processos inflamatórios e metabólicos do organismo. Os pesquisadores responsáveis pela investigação apontam que o nutriente ajuda a regular o metabolismo de gorduras, reduzindo a inflamação e favorecendo a proteção das células hepáticas.

Esse tipo de evidência reforça o papel que o consumo regular de peixes — e não apenas suplementos — pode desempenhar na saúde do fígado. A sardinha, por exemplo, é uma das principais fontes naturais de ômega-3 e ainda carrega outros benefícios nutricionais, como proteínas de alto valor biológico e minerais essenciais.

Por que isso importa para você

Embora o estudo não signifique que o peixe seja uma “cura milagrosa”, ele indica que escolhas alimentares diárias podem sim reduzir a probabilidade de desenvolver condições hepáticas — sobretudo em um cenário em que a esteatose hepática cresce silenciosamente.

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A alimentação mediterrânea, conhecida por priorizar peixes, verduras, azeite e menor consumo de industrializados, tem sido repetidamente associada ao menor risco de doenças crônicas. A conclusão dos pesquisadores reforça justamente essa lógica: padrões alimentares equilibrados ajudam a proteger a saúde do fígado.

Quando a ciência encontra a vida real

Para quem busca hábitos mais saudáveis sem abrir mão do prazer de comer bem, incorporar peixes gordurosos à rotina pode ser um passo simples e acessível. E segundo os cientistas envolvidos na pesquisa, o consumo regular de pescados pode oferecer um efeito protetor contínuo, já que o corpo utiliza o ômega-3 na regulação inflamatória e na manutenção das membranas celulares.

Além disso, os resultados são particularmente relevantes para mulheres que lidam com rotinas agitadas, cansaço extremo e alterações hormonais — fatores que também influenciam o metabolismo hepático.