Comportamento
IA é utilizada por 83% dos profissionais de mídias sociais: como a tecnologia virou a nova estrela dos bastidores digitais

Resumo
• O uso de inteligência artificial cresceu 66% e já faz parte da rotina de 83% dos profissionais de mídias sociais, impulsionando criatividade e produtividade.
• Ferramentas como ChatGPT, Canva e CapCut se tornaram essenciais para geração de ideias, roteiros, textos e análises, moldando o novo fluxo de trabalho digital.
• A carreira de social media está mais valorizada: profissionais experientes crescem em número e remunerações acima de R$ 4 mil se tornaram mais comuns.
• Agências especializadas em nichos têm 40% mais chances de faturar acima de R$ 100 mil mensais, mostrando que segmentar é uma estratégia eficaz no setor.
• A pesquisa aponta desigualdades salariais entre empresas e agências, mas evidencia o amadurecimento da área e o papel estratégico do social media na economia digital.
A presença da inteligência artificial no universo digital deixou de ser apenas tendência: virou rotina. Cada vez mais integrada às tarefas de criação, análise e gestão de conteúdo, ela se tornou uma ponte entre a produtividade e o lado mais imaginativo dos profissionais de mídia. Em uma área marcada por mudanças constantes e pela pressão de acompanhar atualizações de plataforma, a IA aparece como uma aliada que agiliza processos e libera espaço mental para o que realmente importa: boas ideias.
Segundo um estudo recente da mLabs, o setor vive uma virada histórica. O uso da IA cresceu 66% em apenas um ano, e 83% dos profissionais de mídias sociais afirmam que as ferramentas já fazem parte do dia a dia — um movimento que ultrapassa até plataformas tradicionais de criação e gestão. Para quem trabalha com conteúdo, o avanço é tão natural quanto abrir o celular ao acordar.
Ferramentas que moldam uma nova rotina digital
Os usos da IA refletem o ritmo acelerado da profissão. A geração de ideias e conteúdos lidera com 84%, seguida de perto por atividades que antes exigiam tempo e energia, como roteirização de vídeos e redação de textos, que já alcançam 63% e 79% de adesão. Até mesmo tarefas analíticas, como leitura de relatórios e interpretação de dados, entraram no radar, com 43% utilizando inteligência artificial para decodificar métricas e entender comportamento das audiências.

Quando se trata das ferramentas preferidas, o domínio é evidente. O ChatGPT, por exemplo, aparece praticamente como unanimidade, sendo usado por 98% dos profissionais entrevistados. Na esfera visual, o Canva segue forte com 85%, enquanto o CapCut ganha terreno e conquista 79%, especialmente entre criadores que produzem vídeos curtos para redes como Instagram, TikTok e YouTube.
Essas plataformas se tornaram tão presentes que, para muitos, já fazem parte do processo criativo de forma tão orgânica quanto os filtros, os stories e os rascunhos que se acumulam nos aplicativos.
Carreira, amadurecimento e o novo valor da criatividade
Se antes o trabalho de social media era visto como execução de postagens, a pesquisa mostra que essa percepção ficou no passado. A profissionalização do setor elevou a importância da estratégia, do repertório e da leitura de contexto — competências que a IA complementa, mas não substitui.
O estudo revela que essa evolução também aparece no tempo de experiência: 65% dos profissionais já atuam há mais de três anos, e 32% ultrapassam seis anos de carreira. Nas agências, a maturidade é ainda mais evidente, com 48% dos colaboradores acima dos três anos e 21% somando mais de uma década.
Esse avanço se reflete diretamente na remuneração. O número de profissionais que cobram valores acima de R$ 4 mil dobrou em comparação com 2024, enquanto aqueles que recebem menos de R$ 1 mil caiu 32%. É um indicativo claro de que o mercado reconhece melhor o impacto do trabalho digital — especialmente em um cenário onde marcas, artistas, influenciadores e até novelas dependem de conversas constantes nas redes.
A força das especializações e o impacto no faturamento
Outro ponto revelado pelo levantamento é a crescente valorização das agências especializadas. Negócios focados em um único segmento têm 40% mais chances de faturar acima de R$ 100 mil mensais, mostrando que nichar pode ser uma estratégia poderosa na nova economia da influência. Em um país onde cultura pop, celebridades, comportamento feminino e consumo digital se misturam nas timelines, fazer parte desse ecossistema exige profundidade e autenticidade — algo que a IA ajuda a impulsionar, mas não substitui.
Desigualdades e o retrato da liderança digital
O estudo também evidencia uma diferença salarial importante entre corporações e agências: 33% dos líderes de marketing em empresas ganham acima de R$ 7.511, enquanto nas agências esse percentual cai para 20%. Apesar do avanço, o setor ainda enfrenta desafios estruturais, especialmente quando falamos de reconhecimento e estabilidade.
Mesmo assim, a paisagem geral é otimista. O social media brasileiro — que vive entre planilhas, memes, stories, relatórios, fofocas e a eterna busca por engajamento — está mais preparado, estratégico e valorizado do que nunca.
A nova era da criatividade assistida
A inteligência artificial não chegou para substituir a sensibilidade humana, o olhar afiado ou o timing perfeito que fazem uma trends viralizar. Mas ela oferece algo igualmente valioso: tempo. Tempo para criar com mais profundidade, analisar com mais calma, experimentar com mais liberdade. Em um mercado acelerado, movido por conversas, humor, estilo e emoção, esse tempo pode ser transformador.
E enquanto o uso da IA continua crescendo, uma coisa fica clara: ela já é mais do que uma ferramenta — se tornou parte essencial da engrenagem que movimenta o universo digital e influencia tudo, das campanhas publicitárias às novelas, dos perfis de pets influencers às marcas que conversam diariamente com milhões de pessoas.

Social Midia e crítica de cultura pop, Renata domina o mundo das fofocas e novelas como ninguém. Com uma trajetória em grandes portais de entretenimento, ela traz uma visão divertida e crítica sobre os bastidores do universo das celebridades e das tramas de novelas. Renata é conhecida pelo seu tom bem-humorado e envolvente, que leva os leitores a se sentirem parte dos acontecimentos, discutindo os detalhes de suas novelas favoritas e compartilhando curiosidades imperdíveis das estrelas.




