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Juliette lidera ação marcante no combate à violência contra a mulher no Brasil

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juliette.jpg - Juliette lidera ação marcante no combate à violência contra a mulher no Brasil

No Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher, a cantora Juliette reacendeu um debate urgente no Brasil com uma ação que conecta informação acessível, intervenção urbana e acolhimento direto. A artista paraibana uniu sua voz ao projeto Banco Vermelho, organização sem fins lucrativos que se tornou símbolo na luta contra a violência que atravessa a vida de milhares de brasileiras todos os anos.

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Assim, a iniciativa ampliou seu alcance com uma campanha que chega a Recife, Campina Grande, Cuiabá, São Paulo e Salvador, espalhando bancos vermelhos por áreas públicas de grande circulação — não como mero objeto decorativo, mas como dispositivos de alerta, suporte e reflexão.

Bancos que acolhem, informam e guiam mulheres em risco

Cada banco carrega um QR code que leva a um vídeo gravado pela própria Juliette. Nele, a artista explica caminhos de denúncia, orienta sobre como buscar ajuda de forma segura e reforça que o acolhimento existe, mesmo quando o medo tenta calar. Dessa forma, a ação propõe um gesto simples — sentar — para despertar algo profundo: a consciência de que toda mulher merece proteção e que não está sozinha em situações de violência psicológica, física ou doméstica.

juliette.jpg - Juliette lidera ação marcante no combate à violência contra a mulher no Brasil
Foto: Reprodução/ Instagram @juliette

A proposta, segundo Juliette, nasceu da união de quatro mulheres impactadas diretamente por perdas irreparáveis. “Esse movimento nasceu da dor e da união de quatro mulheres (eu, Andrea Rodrigues, Paula Limongi e Monaliza Novaes), que perderam amigas para a violência. Os índices de feminicídio não param de crescer e não podemos normalizar. Precisamos falar, acolher, proteger… Lembrar que nossas vidas valem muito. Cada banco será um lugar para sentar, refletir e agir — uma forma de reafirmar para todas as mulheres que elas não estão sozinhas”, afirma a artista.

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Banco Vermelho: quando o luto se converte em ação

O Banco Vermelho surgiu em 2023 como resposta emocional e política ao feminicídio que devastou famílias de mulheres nordestinas. As fundadoras transformaram o luto em uma instituição que atua em escolas, ruas e redes sociais, criando campanhas que educam, alertam e dão visibilidade aos ciclos de violência que muitas vezes se repetem silenciosamente. A parceria com Juliette potencializa ainda mais essa mensagem, levando o simbolismo do banco para regiões onde o tema precisa ganhar urgência.

O projeto também ganha profundidade quando se cruza com a história pessoal da cantora. Em julho de 2025, Juliette perdeu a amiga Clarissa Costa Gomes, enfermeira de 31 anos, assassinada pelo ex-namorado em Fortaleza. A artista lamentou a tragédia publicamente, reforçando como Clarissa era “estudiosa, educada, doce” e como nada parecia indicar perigo antes do ataque. O acusado, Matheus Anthony Lima Martins Queiroz, foi preso, mas o trauma reacendeu o compromisso da cantora em transformar indignação em mobilização real.

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Um gesto simbólico que vira corrente de proteção

A campanha convida as mulheres a sentarem, refletirem e, quando necessário, levantarem para pedir ajuda. Mas, além disso, abre espaço para que a sociedade participe do processo de transformação, reconheça sinais de violência e apoie quem não consegue falar por si. Assim, os bancos se tornam pontos de apoio, mas também de memória — lembram vidas interrompidas e, ao mesmo tempo, incentivam que novas histórias tenham desfechos mais seguros.

Ao ampliar essa conversa para ruas, praças e ambientes de convivência, Juliette abre uma rota de proteção que ultrapassa o digital e invade o espaço público com sensibilidade e urgência. É uma iniciativa que emociona, mas sobretudo move, porque se ancora em uma verdade que não pode ser ignorada: nenhuma mulher deveria enfrentar o medo sozinha. E quando arte, voz e ação social se encontram, o início da mudança se torna possível — banco por banco, cidade por cidade, mulher por mulher.