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“Machista top, horrível”: Toni Garrido revela por que reescreveu sucesso do Cidade Negra

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Toni Garrido briga com fundador do Cidade Negra e grupo de reggae chega ao fim - “Machista top, horrível”: Toni Garrido revela por que reescreveu sucesso do Cidade Negra

Toni Garrido surpreendeu o público ao apresentar, no palco do Altas Horas, uma versão repaginada de Girassol, hit do Cidade Negra lançado no início dos anos 2000. A novidade, no entanto, não estava no arranjo musical, mas sim em um trecho da letra — agora ajustado para refletir uma visão mais inclusiva e crítica sobre o papel da mulher nas relações amorosas.

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O verso original dizia: “Já que, pra ser homem, tem que ter a grandeza de um menino, de um menino.” A nova versão ganhou uma adição poderosa: “Já que, pra ser homem, tem que ter a grandeza de uma menina, de uma mulher.” A mudança, embora sutil, carrega uma carga simbólica enorme: ela desloca o foco do olhar masculino idealizado e abre espaço para que o feminino seja reconhecido como referência de grandeza, força e sensibilidade.

Reconhecer, refletir, transformar

Ao explicar sua decisão, Toni foi direto e autocrítico. “Durante anos eu tinha certeza de que estava cantando uma canção certa de amor, e que estava fazendo o bem para as pessoas. Depois de 25 anos, um dia bateu uma ficha aqui, e eu falei: ‘Hétero, machista top, horrível’.” A fala honesta, transmitida em rede nacional, trouxe à tona uma questão delicada: quantas músicas — inclusive aquelas feitas com carinho e boas intenções — reforçam estruturas machistas sem perceber?

A declaração do cantor, que sempre se destacou pela postura sensível e engajada, mostrou que o amadurecimento pessoal pode (e deve) passar pela revisão do que se canta, compartilha e representa publicamente. O gesto ganhou ainda mais significado ao ser feito por alguém com uma trajetória tão consolidada e respeitada na música brasileira.

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Reações divididas nas redes sociais

Como já era de se esperar, a mudança causou burburinho nas redes sociais. Enquanto parte dos fãs aplaudiu a atitude e considerou a atualização necessária, outros preferiam que a letra original fosse preservada. Comentários como “Adorei a nova versão” contrastaram com reações como “Lacrou errado”, revelando o quanto o assunto ainda mexe com emoções e opiniões divergentes.

A polarização não apagou a importância da iniciativa. Muito além de agradar ou desagradar, a nova versão de Girassol abre espaço para conversas que ultrapassam a música e tocam em temas profundos, como o papel da arte na desconstrução de padrões e o lugar das mulheres nas narrativas culturais que consumimos desde sempre.

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