Fofoca
Morre Berta Loran, aos 99 anos, ícone do humor brasileiro
A madrugada de 29 de setembro de 2025 marcou o silêncio de uma voz que atravessou gerações: Berta Loran, atriz e comediante querida pelo público, faleceu aos 99 anos no Rio de Janeiro. Internada no hospital Copa D’Or, na Zona Sul, ela optou por uma despedida discreta — ainda não foram divulgadas causas oficiais para o falecimento.
Nos meses finais de vida, Berta decidiu se afastar da mídia e dos holofotes. Convites para programas como The Noite (SBT) e Sem Censura (TV Brasil) foram recusados. Ao ser procurada para entrevistas, a resposta constante da sua cuidadora era: “Dona Berta não está falando com a imprensa.” Esse retraimento também se estendia ao convívio pessoal — evitava visitas, encontros públicos e até mensagens carinhosas não provocavam mudança de postura.
Uma trajetória marcada pela superação e pelo riso
Nascida Basza Ajs em Varsóvia, Polônia, em 1926, Berta era fruto de uma família judia que viu o horror da perseguição nazista se aproximar. Ainda criança, viu seus pais optarem por buscar refúgio no Brasil, antecipando a devastação que se espalharia pela Europa. Hoje, sabemos que ela carregava, junto com seu talento, uma história de fuga, perda e resiliência.

Ao desembarcar no Brasil, encontrou no palco uma forma de reinventar sua voz. Desde seu primeiro trabalho no teatro, passou a reinventar personagens com graça e sagacidade. Na televisão, participou de humorísticos como Faça Humor, Não Faça Guerra, Planeta dos Homens, Zorra Total, e conquistou especialmente o público ao lado de Chico Anysio na escola de Professor Raimundo, como a icônica Manuela D’Além-Mar.
Sua versatilidade também lhe rendeu trabalhos em novelas e no cinema — seu último papel na TV foi em A Dona do Pedaço, aos 93 anos, vivendo Dinorá, personagem que reafirmou sua presença mesmo em fases tardias da vida artística.
O silêncio voluntário e o peso da despedida
Não foi por acaso que Berta escolheu o recolhimento como última parola. Depois de décadas de exposição, o desejo de silêncio pode ter sido um ato de preservação — dignidade que poucos ousam reivindicar. Ao recusar aparições públicas, ela preferiu que sua lembrança fosse moldada pelo que fez, e não por especulações sobre seus últimos dias.
Mesmo afastada, sua partida reverbera forte nas redes e na memória dos fãs. Reações emocionadas de colegas, admiradores e veículos de imprensa lembram de sua risada contagiante, dos improvisos e da leveza que transformava o cotidiano em palco.
Uma despedida à altura de quem fez rir
Embora não tenham sido divulgadas as causas da morte, o hospital confirmou o falecimento e ressaltou que não há autorização da família para maiores esclarecimentos. A cerimônia de sepultamento está agendada para as 11h, no Cemitério Israelita de Belford Roxo — cidade que também acolhe parte da memória afetiva de quem viveu o humor com coragem.
Berta Loran deixa um legado que vai além de personagens e programas — deixou uma marca de resistência, de pessoas que usaram o riso para se afirmar. Ao partir aos 99 anos, ela nos lembra que as vozes silenciosas às vezes falam mais alto.

Social Midia e crítica de cultura pop, Renata domina o mundo das fofocas e novelas como ninguém. Com uma trajetória em grandes portais de entretenimento, ela traz uma visão divertida e crítica sobre os bastidores do universo das celebridades e das tramas de novelas. Renata é conhecida pelo seu tom bem-humorado e envolvente, que leva os leitores a se sentirem parte dos acontecimentos, discutindo os detalhes de suas novelas favoritas e compartilhando curiosidades imperdíveis das estrelas.




