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Morre Dona Jacira, inspiração de Emicida e Fióti, aos 60 anos

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dona jacira - Morre Dona Jacira, inspiração de Emicida e Fióti, aos 60 anos

Matriarca, poeta, mulher de fé e símbolo de afeto. Dona Jacira, mãe de Emicida e Fióti, faleceu aos 60 anos nesta segunda-feira (28), em São Paulo. A informação foi divulgada por seus filhos por meio de uma nota oficial carregada de emoção, memória e respeito à trajetória de uma mulher que foi muito além do papel materno.

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Dona Jacira estava hospitalizada na capital paulista. Embora a causa da morte não tenha sido divulgada, sabe-se que ela convivia com Lúpus e realizava hemodiálise há 25 anos — um retrato de sua resistência silenciosa, mas constante. Em suas redes sociais, há apenas duas semanas, ela havia deixado uma mensagem tocante aos seus seguidores, revelando saudade de suas plantas e da troca diária com o público. “É o que me traz vida e sol”, escreveu.

Voz de cuidado, literatura e ancestralidade

O texto divulgado pela família lembra quem foi Dona Jacira para além do seu sobrenome. “Mãe, avó, escritora, compositora, poeta, artesã e formada em desenvolvimento humano, como gostava de ser reconhecida. Dona Jacira foi uma mulher detentora de tecnologias ancestrais de sobrevivência e resistência”, diz a nota, assinada por seus quatro filhos: Evandro (Fióti), Katia, Katiane e Leandro (Emicida).

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Seu legado cultural permanece vivo em suas criações. Em 2018, ela publicou o livro Café, obra autobiográfica em que compartilhou memórias de infância, maternidade e luta, em uma prosa sensível e firme. Além disso, deixou uma produção literária extensa com poesias, crônicas e histórias infantis, sempre entrelaçadas à sua vivência como mulher negra periférica. Nascida e criada na Zona Norte de São Paulo, ela construiu com palavras um lugar de pertencimento e expressão.