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Não cultive essas plantas se você tiver gatos em casa: saiba quais espécies oferecem risco aos felinos

A convivência entre gatos e plantas pode ser encantadora, mas também exige atenção redobrada. No décor contemporâneo, é comum buscar espécies exuberantes para harmonizar a casa, porém muitas delas representam riscos reais para os felinos — mesmo quando o contato parece mínimo. Assim, entender como funciona o paisagismo seguro para gatos se torna essencial para prevenir acidentes e garantir uma rotina tranquila com os bichanos.
Para quem ama plantas e convive com pets curiosos, a escolha das espécies deixa de ser apenas estética e passa a envolver segurança. A toxicidade nem sempre é evidente, e muitos tutores só descobrem o problema após notar alterações comportamentais ou sintomas como apatia, vômitos ou salivação. Por isso, identificar as plantas tóxicas para gatos é um passo decisivo para manter o lar bonito e, ao mesmo tempo, protegido.
De acordo com a jardinista Mel Maria, da floricultura Mel Garden e colunista do portal Agronamidia, “a melhor estratégia é sempre antecipar riscos. No paisagismo com felinos, informação vale tanto quanto o próprio cuidado diário”. E, segundo ela, diversas espécies populares podem se transformar em ameaça silenciosa quando cultivadas em ambientes internos.
Quando beleza esconde perigo: plantas comuns que prejudicam os gatos
Embora visualmente encantadoras, algumas plantas perigosas para gatos possuem substâncias que irritam o sistema digestivo, causam inflamações ou até comprometem órgãos vitais. A seguir, veja como cada uma delas pode afetar os felinos — e por que evitá-las é a decisão mais segura.
Lírio
O lírio está entre as espécies mais perigosas para gatos. A simples exposição ao pólen já pode desencadear insuficiência renal aguda, levando a sintomas como vômito, apatia e perda de apetite poucas horas após o contato. Mesmo arranjos florais representam perigo, já que o felino pode lamber resíduos espalhados pela casa. Dessa forma, quem convive com gatos deve excluir totalmente essa espécie do lar.
Espada-de-São-Jorge
Muito usada em interiores, a espada-de-São-Jorge contém saponinas capazes de causar náusea, diarreia, salivação e irritação na boca. É comum que gatos mordisquem folhas longas e firmes por curiosidade, o que aumenta o risco de ingestão acidental. Apesar de resistente e bonita, não é uma boa escolha para casas onde há pets.
Comigo-ninguém-pode
A comigo-ninguém-pode é famosa por sua beleza e por seu potencial decorativo, porém sua toxicidade é elevada. A seiva libera cristais que provocam ardência imediata, edema e até dificuldade respiratória. Segundo a jardinista Mel Maria, “é uma das espécies que mais causa acidentes, justamente porque gatos são atraídos pelas folhas brilhantes e acabam mastigando sem perceber o perigo”.
Antúrio
O antúrio, tão presente em arranjos e cantinhos instagramáveis, contém oxalato de cálcio — substância que irrita a boca e a garganta dos felinos. Poucos segundos após a mordida, o gato pode apresentar salivação intensa, vocalizações por dor e dificuldade de ingerir água. O visual tropical pode até encantar, mas, para casas com pets, perde totalmente o charme.
Aloe vera (babosa)
A babosa é querida por quem aposta em soluções naturais de beleza e saúde, mas para os gatos ela representa risco significativo. O gel interno das folhas é tóxico e pode causar vômitos, diarreia e alterações urinárias. Muitas pessoas não imaginam que uma planta tão associada ao bem-estar pode prejudicar seus animais — motivo pelo qual a informação é tão importante.
Hortênsia
As flores exuberantes da hortênsia escondem substâncias que afetam o sistema digestivo dos felinos. Vômitos, fraqueza, letargia e problemas cardíacos podem surgir após a ingestão das folhas ou pétalas. Mesmo no jardim externo, o cuidado precisa ser constante, especialmente se o gato tiver acesso ao quintal.
Jiboia
Popular e fácil de cuidar, a jiboia é muitas vezes cultivo obrigatório em apartamentos. Entretanto, ela também possui oxalato de cálcio, que provoca dor oral, inchaço na língua e desconforto acentuado. Como os gatos adoram explorar prateleiras e superfícies altas, manter essa planta longe deles se torna praticamente inviável.
Como adaptar o ambiente sem abrir mão da beleza
Conviver com plantas e gatos é totalmente possível — basta fazer escolhas estratégicas. Espécies como zamioculca, peperômia e costela-de-adão, apesar de populares, também exigem atenção, reforçando a importância de sempre checar a toxicidade antes de inserir plantas no décor.
Segundo Mel Maria, “o paisagismo pet friendly é uma tendência que veio para ficar. Hoje conseguimos compor ambientes lindos e seguros com espécies não tóxicas, além de criar enriquecimento ambiental para os gatos com vasos suspensos, prateleiras verdes e jardins verticais fora do alcance”.
Assim, além de proteger os felinos, o tutor também ganha um lar mais harmonioso e funcional, no qual estética e segurança convivem lado a lado.

Formada em administração e apaixonada por animais, Suzana dedica sua vida a causas que promovem o bem-estar animal. Com uma habilidade única para transformar sua paixão em palavras, ela escreve sobre pets e o mundo animal de forma envolvente e informativa. Defensora ativa dos direitos dos bichinhos, Suzana alia conhecimento e sensibilidade para inspirar leitores a cuidarem melhor de seus amigos de quatro patas. Seu estilo cativante e cheio de empatia conecta amantes de animais, trazendo dicas, histórias curiosidades que fazem a diferença na vida de tutores e pets.


