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Pirataria no Kindle: nova atualização da Amazon bloqueia acesso a livros via USB

Uma nova etapa no controle digital dos livros está em curso. A Amazon acaba de implementar mudanças profundas no sistema de segurança dos dispositivos Kindle, com uma atualização que promete tornar a pirataria de e-books muito mais difícil. A novidade chegou com a versão de firmware 5.18.5 e impacta diretamente todos os modelos de 11ª e 12ª geração — incluindo o Kindle básico, o Paperwhite, o Scribe e o mais novo modelo com tela colorida, o Kindle Colorsoft, recém-lançado no Brasil.
Com isso, a gigante do varejo digital amplia ainda mais as barreiras contra o acesso não autorizado ao conteúdo vendido em sua loja, mexendo também com a rotina de quem estava acostumado a transferir livros manualmente ou utilizar softwares para burlar o sistema.
Novo sistema de proteção torna DRM quase impossível de remover
O ponto central dessa atualização está no fortalecimento do DRM (Digital Rights Management), a tecnologia usada para limitar a cópia, distribuição e edição de arquivos digitais. Antes, a proteção vinha embutida em cada arquivo de e-book, e era possível retirá-la com o uso de ferramentas específicas — prática comum entre usuários que buscavam converter arquivos ou manter uma cópia fora do sistema da Amazon.

Agora, a criptografia do DRM foi movida para um sistema interno mais complexo: uma chave secreta fica armazenada numa pasta protegida no sistema do Kindle e é responsável por descriptografar os livros. Essa chave não pode ser acessada sem um procedimento avançado, conhecido como jailbreak, que perde a validade se o dispositivo já tiver sido atualizado.
Com isso, qualquer livro baixado a partir da atualização passa a ser protegido por esse novo método — mesmo que tenha sido comprado anos atrás. Ou seja, mesmo usuários antigos estão sujeitos às novas regras, a menos que o livro tenha sido distribuído sem DRM por decisão da editora.
Fim do download via USB e mais controle sobre o conteúdo
Essa mudança não é isolada. Desde fevereiro, a Amazon já havia sinalizado um caminho mais restritivo ao eliminar a opção de baixar e-books pelo computador via USB. O aplicativo Kindle para PC, inclusive, foi reformulado para impedir o uso de versões antigas que permitiam esse tipo de acesso. Agora, a leitura de e-books só pode ser feita por meio da versão mais atualizada do app, reforçando o elo entre o conteúdo e a infraestrutura da empresa.
A ideia é clara: manter o ecossistema da Amazon cada vez mais fechado, centralizando o consumo e o controle dos livros digitais. Por mais que muitos usuários considerem isso um retrocesso, a empresa aposta na segurança como justificativa para as mudanças.

Social Midia e crítica de cultura pop, Renata domina o mundo das fofocas e novelas como ninguém. Com uma trajetória em grandes portais de entretenimento, ela traz uma visão divertida e crítica sobre os bastidores do universo das celebridades e das tramas de novelas. Renata é conhecida pelo seu tom bem-humorado e envolvente, que leva os leitores a se sentirem parte dos acontecimentos, discutindo os detalhes de suas novelas favoritas e compartilhando curiosidades imperdíveis das estrelas.



