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Comportamento

Dieta de restrição causa tristeza? Descubra como o que você come pode afetar sua saúde emocional

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Muitas mulheres já experimentaram o efeito imediato de uma mudança alimentar: a leveza, a disposição e até o orgulho de cumprir metas. Mas o que pouca gente comenta é o outro lado da moeda: aquela sensação de tristeza repentina, o mau humor sem motivo ou a irritação constante que surge quando uma dieta de restrição alimentar entra em cena. Será que eliminar certos alimentos ou reduzir drasticamente as calorias pode realmente afetar nossa saúde emocional?

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De acordo com os especialistas, a resposta é sim – e o motivo vai muito além da privação do prazer de comer. Quando o organismo deixa de receber nutrientes essenciais, como carboidratos complexos, vitaminas do complexo B e minerais como o magnésio, há um impacto direto na produção de neurotransmissores, como a serotonina e a dopamina, responsáveis pela sensação de bem-estar, motivação e equilíbrio emocional.

O corpo entra em alerta e o humor sente o impacto

Segundo a nutricionista Luanna Karen Moreira, do Hospital Santa Lúcia, cortar grupos inteiros de alimentos e seguir dietas com ingestão calórica muito baixa pode causar mais do que simples cansaço: “Essa restrição compromete o funcionamento do corpo, enfraquece a imunidade, reduz a massa muscular e gera alterações hormonais que influenciam diretamente no humor”, afirma.

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Não é apenas uma questão fisiológica: o corpo interpreta a privação severa como um sinal de alerta. O psicólogo Douglas Kawaguchi, do Hospital Sírio-Libanês, explica que esse estresse metabólico constante é reconhecido como uma ameaça, acionando respostas semelhantes às do estresse crônico. “Dietas muito restritivas são uma forma de agressão ao corpo, que responde com reações emocionais como ansiedade, tristeza e frustração”, aponta.

Quando a busca pelo emagrecimento mina a autoestima

Além da exaustão física, um dos maiores perigos está na pressão psicológica para manter o controle absoluto da alimentação. Em dietas muito rígidas, qualquer “escorregão” pode ser visto como fracasso, o que alimenta sentimentos de culpa e baixa autoestima. O tão conhecido efeito sanfona, que alterna períodos de perda e ganho de peso, também contribui para essa instabilidade emocional, minando a confiança na própria capacidade de manter objetivos.

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“A pessoa começa a desacreditar de si mesma, o que enfraquece a motivação e favorece o desânimo”, explica Kawaguchi. O ciclo pode se tornar vicioso: quanto mais culpa, maior a ansiedade, o que pode levar a recaídas e piorar ainda mais a relação com a comida.

Comer bem também é cuidar da mente

Manter o equilíbrio entre alimentação saudável e prazer é o caminho mais sustentável para a saúde física e emocional. Para Luanna Moreira, a chave está em um plano alimentar que respeite o corpo e a rotina, sem restrições extremas. “Todas as dietas precisam contemplar os grupos alimentares básicos e oferecer saciedade, energia e bem-estar no dia a dia”, recomenda.

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Já Kawaguchi reforça que o emagrecimento precisa ser acompanhado de cuidados com a saúde mental. “A alimentação não pode ser encarada como punição. É preciso haver espaço para a socialização, o prazer de comer e a escuta das próprias necessidades”, afirma.

⚕️ Aviso importante
As informações apresentadas neste artigo têm caráter educativo e informativo.
Elas não substituem o acompanhamento de profissionais de saúde, como nutricionistas, médicos ou psicólogos.
Antes de adotar qualquer dieta ou mudança alimentar, procure orientação especializada.